Macron: se oporá ao acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia porque o presidente Jair Bolsonaro teria mentido (Koji Sasahara/Reuters)
Karla Mamona
Publicado em 25 de agosto de 2019 às 12h39.
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, criticou o presidente da França, Emmanuel Macron, em sua página no Twitter.
"A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Charlemagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está à altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês."
Em meio aos incêndios na Amazônia, Macron disse, na sexta-feira (23), que se oporá ao acordo de livre comércio entre Mercosul e a União Europeia porque o presidente Jair Bolsonaro teria mentido quando minimizou as preocupações sobre a mudança climática na reunião do G20, em junho.
Weintraub ainda disse que os franceses elegerem uma governante "sem caráter", mas que "isso nós também já fizemos". "O Brasil também já elegeu governantes que chamavam facínoras como o Kadafi de irmão, acolhia terroristas e criticava injustamente democracias. Itália, EUA, Israel foram inúmeras vezes ofendidos. Lembrem que já fomos um anão diplomático. 'Ferro' neste Macron, não no povo francês."
Segundo o ministro, os franceses estão enfrentando as mesmas ameaças globais que os brasileiros, mas em estágio mais avançado de dominação. "Não se trata de dizer que a França é um país que amamos odiar ou odiamos amar."