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Ministro quer reforma para igualar alíquotas do etanol

MInistro da Agricultura fefendeu reforma tributária e unificação de ICMS entre os estados para auxiliar a produção do álcool

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defendeu investimentos em logística para ajudara  produção de etanol (ABr/Roosewelt Pinheiro)

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, defendeu investimentos em logística para ajudara produção de etanol (ABr/Roosewelt Pinheiro)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.

Sertãozinho, São Paulo - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, afirmou hoje que a equalização da alíquota do etanol no País depende de uma reforma tributária e "da unanimidade dos secretários da Fazenda dos Estados". Rossi participou hoje do fórum de abertura da Fenasucro, em Sertãozinho, no interior de SP.

No mesmo evento, Rubens Ometto Silveira Mello, presidente do Conselho de Administração da Cosan e da joint venture (associação) Cosan Shell, relacionou a disparidade entre as alíquotas à sonegação fiscal, considerada pelo empresário "o calcanhar de Aquiles" do setor.

Rossi admitiu a dificuldade de um consenso no País para a uniformização da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) entre os Estados, bem como da reforma tributária. "Mas nós temos a posição de que é importante desonerar a produção, disso não há dúvida. O governo conseguiu fazer isso, por exemplo, diferenciando a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) em relação à gasolina, que é ponto positivo", disse o ministro.

Ele considerou ainda que um dos gargalos no setor sucroalcooleiro ainda é a logística. Rossi lembrou que empresas privadas fazem investimentos na área e citou os gastos também previstos pelo governo federal nos Planos de Aceleração do Crescimento (PACs) 1 e 2. "Seria irreal dizermos que temos uma logística maravilhosa, mas os investimentos no PAC 1 e no 2 vão mudar essa questão, especialmente com a melhoria nos portos e com a utilização maior do modal ferroviário e, eventualmente, também das hidrovias", afirmou.

O ministro lembrou ainda que a cana-de-açúcar ocupa "uma parte ínfima" de menos de 1% do território nacional, ou cerca de 8 milhões de hectares, e ratificou o compromisso do governo federal com o setor sucroalcooleiro. "O presidente (Luiz Inácio Lula da Silva) é grande divulgador do programa de etanol, tanto que ele estará aqui amanhã", concluiu o ministro, referindo-se à visita de Lula programada para amanhã de manhã na Fenasucro, em Sertãozinho.

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