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Ministério Público recebe relato de abuso infantil em caso João de Deus

Médium foi denunciado nesta terça-feira, 15, por novos crimes de estupro de vulnerável e abuso sexual mediante fraude contra cinco mulheres

João de Deus: líder espiritual, que está preso, nega os crimes (Metropoles/Igo Estrela/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de janeiro de 2019 às 08h38.

Goiânia - O médium João de Deus foi denunciado nesta terça-feira, 15, por novos crimes de estupro de vulnerável e abuso sexual mediante fraude contra cinco mulheres em atendimentos espirituais em Abadiânia (GO). Além das mulheres citadas na denúncia, o Ministério Público (MP) goiano diz ter ainda relatos de outras vítimas que ajudarão no processo como testemunhas - entre elas três adolescentes e uma criança de 8 anos. O líder espiritual, que está preso, nega os crimes.

"Este é, até o momento, o relato de vítima mais nova de João Teixeira de Faria", diz o promotor Augusto Cezar Sousa. Parte dos crimes relatados pelo MP também não foram alvo de denúncia por já terem prescrito - o tempo máximo para denunciar é de 20 anos, com redução de prazo se o acusado tem mais de 70 anos.

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As vítimas são de diferentes origens, como Distrito Federal, Santa Catarina, Rio, Minas, Maranhão e Rio Grande do Sul. De acordo com a promotoria, os casos foram incluídos para embasar a denúncia.

As cinco vítimas da denúncia têm entre 19 e 47 anos na época dos abusos. Esses casos ocorreram entre 2009 a julho de 2018. Segundo o MP, o médium dava presentes e também fazia ameaças às mulheres após os abusos.

Defesa

Advogado do líder espiritual, Alberto Toron disse, em nota, que "chega a ser medonho" o MP faz no caso. Segundo ele, a defesa tem poucas informações e interrogatórios são marcados em cima da hora, sem tempo para que os advogados leiam todos os documentos.

Essa já é a terceira denúncia contra o religioso. A primeira, em 28 de dezembro, foi por violação sexual mediante fraude e estupro de vulnerável. Ele também foi denunciado por posse ilegal de arma.

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