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Ministério nega uso político de verbas contra seca

Ministério negou que transferir a gestão dos recursos da seca para pasta do PMDB seja "uso político" dos recursos


	Seca: parlamentares da oposição e da base aliada criticaram a decisão do governo de transferir para o Dnocs a execução de verbas para obras emergenciais
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Seca: parlamentares da oposição e da base aliada criticaram a decisão do governo de transferir para o Dnocs a execução de verbas para obras emergenciais (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2016 às 10h51.

Brasília - O Ministério da Integração Nacional afirmou nesta quinta-feira, 18, que "não está favorecendo qualquer partido político nas aplicações das verbas de combate à seca".

Em nota, a pasta contestou reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo que revelou a decisão do governo Michel Temer (PMDB) de retirar dos governadores do Nordeste a execução de recursos para obras emergenciais de combate à estiagem na região para passá-la ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), controlado predominantemente por peemedebistas.

A pasta também refutou a interpretação de que esteja favorecendo Estados governados pelo PMDB, como Alagoas e Sergipe, ao fazer os repasses.

"O que está sendo feito é a correção de distorções", diz a nota, ressaltando que a Paraíba, governada pelo PSB, também vai receber mais recursos.

Segundo o ministério, obras emergenciais como construção de adutoras de engate rápido serão executadas por órgãos da pasta, como o próprio Dnocs e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Paraíba (Codevasf), controlada pelo PP.

E destacou que obras estruturantes que já vinham sendo executadas pelos governadores continuarão sendo tocadas pelas administrações estaduais.

Parlamentares da oposição e da base aliada criticaram a decisão do governo de transferir para o Dnocs a execução de verbas para obras emergenciais.

A liberação dos recursos para essas intervenções foi autorizada por meio de uma medida provisória editada em julho e que abriu crédito extraordinário de R$ 789,9 milhões para ações na região.

Da tribuna do Senado, o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), afirmou que a decisão do governo significa uma "volta à época dos coronéis e dos currais eleitorais".

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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