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Ministério interdita operações em obras do monotrilho em SP

Superintendência Regional do Trabalho e Emprego interditou operações de içamento e fixação das vigas na construção da linha 17 – Ouro do monotrilho

Obra do monotrilho de São Paulo, após viga cair e matar um operário (Marcello Casal Jr/ABr)

Obra do monotrilho de São Paulo, após viga cair e matar um operário (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de junho de 2014 às 10h52.

São Paulo - A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo interditou as operações de içamento e fixação das vigas em toda a extensão da construção da linha 17 – Ouro do monotrilho na capital paulista.

No dia 9 deste mês, um operário morreu nessa obra após a queda de uma viga.

O monotrilho, sistema de trens elevados, vai ligar o bairro do Morumbi ao do Jabaquara, passando pelo Aeroporto de Congonhas, que fica próximo ao local do acidente.

Serão ao todo 18 quilômetros de trilhos e 18 estações, com interligações com linhas do metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos.

O primeiro trecho deve ficar pronto em 2014, fazendo a ligação do Aeroporto de Congonhas à rede de transporte metropolitano.

O anúncio da interdição ocorreu na noite de ontem (17), depois de uma reunião com técnicos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas.

Segundo o superintendente Luiz Antônio de Medeiros, auditores fiscais que vistoriaram a obra depois do acidente concluíram que a maneira como o içamento e a fixação vem sendo feitos colocam os operários em risco.

“A conclusão é que não dá para continuar porque pode cair novamente.”

De acordo com ele, na colocação das vigas, não pode haver contato direto entre o concreto da viga e o da base.

Medeiros explicou que o Consórcio Monotrilho Integração, responsável pela obra, usa um pino para fazer essa ligação que não oferece segurança. “É um pino que balança, fica solto.”

O consórcio Monotrilho Integração informou que está cumprindo a determinação da Superintendência Regional do Trabalho.

“As atividades de lançamento e ajustes de vigas foram paralisadas imediatamente após o acidente, com o objetivo de garantir transparência e agilidade na apuração das causas”, diz a nota.

A empresa ressaltou ainda que segue todas as normas de segurança vigentes e que presta todo apoio à apuração dos fatos.

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