Nova troca: Tarcísio Godoy será substituído pelo economista e diretor da BM&FBovespa, Eduardo Guardia (José Cruz/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 4 de junho de 2016 às 10h03.
Última atualização em 29 de março de 2018 às 16h10.
São Paulo - A saída ontem de Tarcísio Godoy da secretaria executiva do Ministério da Fazenda, apenas 19 dias após ser anunciado como o "braço direito" de Henrique Meirelles no comando da pasta, expôs as primeiras divergências na equipe econômica do governo Michel Temer.
Godoy, que era o número dois na hierarquia da Fazenda, será substituído pelo economista e diretor executivo de Produtos da BM&FBovespa, Eduardo Guardia.
É a segunda mudança no time inicial de Meirelles, que trocou esta semana o comando do Tesouro, substituindo Otavio Ladeira, remanescente da equipe econômica anterior, pela secretária de Fazenda do Espírito Santo, Ana Paula Vescovi.
Segundo apurou o Estado, Guardia já tinha sido escolhido por Meirelles para ocupar um cargo na Fazenda desde o início da formação da sua equipe.
Mas, precisava de um tempo para resolver assuntos particulares antes de se desligar da Bolsa de Valores. Pesou na troca de "vice-ministro" divergências de temperamento entre Meirelles e Godoy, que foi nomeado ontem mesmo para a presidência do IRB Brasil Re.
De acordo com fontes, o combinado entre Meirelles e Godoy era de que ele ficaria no cargo até a chegada de Guardia.
O problema que surgiu depois, porém, foi que Godoy começou a trabalhar para permanecer no cargo, o que ampliou seu desgaste com Meirelles.
A interlocutores, no entanto, Godoy disse que sua saída do governo já estava acertada desde o início.