Dilma durante entrega de 638 casas do programa Minha Casa Minha Vida (Roberto Stuckert Filho/PR)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2014 às 06h37.
Brasília - A presidente Dilma Rousseff defendeu hoje (21) os subsídios oferecidos pelo governo para o financiamento de moradias populares pelo Minha Casa, Minha Vida, confirmou o lançamento da terceira etapa do programa e disse que o projeto “não pode ser interrompido ou amesquinhado” com a redução de benefícios.
“Esse é o programa em que o governo federal gasta os maiores valores de subsídios. Todos aqueles que pretendem fazer arranjos ou tomar decisões impopulares, vocês podem ter certeza de que uma delas será cortar uma parte dos subsídios do Minha Casa, Minha Vida. Eu tenho compromisso com o subsídio e tenho certeza que foi isso que permitiu que esse programa rode tão bem”, disse Dilma em discurso na abertura do Encontro Nacional da Indústria da Construção, em Goiânia.
O Minha Casa, Minha Vida financia moradias para famílias com renda até R$ 5 mil por mês. As condições de financiamento variam de acordo com a renda familiar. Para famílias com renda mensal de até R$ 1.600, a prestação é 5% da renda.
Para famílias que ganham até R$ 3.275, o programa dá um subsídio que pode chegar a R$ 25 mil. Para as famílias com ganhos mensais entre R$ 3.275 e R$ 5 mil, o benefício é uma taxa de juros mais baixa que a dos financiamentos imobiliários tradicionais.
Segundo Dilma, o Minha Casa, Minha Vida 3 será lançado no próximo dia 29. O anúncio da terceira etapa antes da conclusão da fase atual, que tem metas até o fim de 2014, é importante para o planejamento do setor da construção.
“É fundamental para que os empresários tenham base de cálculo econômico para saber o que é possível investir nesse horizonte que se estende pelos próximos quatro anos”, ponderou.
Ainda durante o discurso para os empresários da construção civil, a presidente voltou a defender a política econômica do governo e a afirmar que a inflação está sob controle.
Ela criticou o que chamou de pessimismo de alguns setores e disse que não se pode ter uma visão do “copo meio vazio” em relação à economia brasileira.
“Na teoria do copo meio cheio ou meio vazio, é muito importante que não prevaleça a visão do copo meio vazio. É importante que se veja todas conquistas desse país porque elas serão a base da próxima retomada, do próximo crescimento”, avaliou.
“O único problema que enfrentamos é não deixar que certas profecias se tornem autorrealizáveis, não é possível nos impregnar de pessimismo”, acrescentou.