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Militares ficarão no ES até situação se normalizar, diz Jungmann

Segundo o ministro, atualmente 3 mil militares estão no Estado e a continuidade da operação ainda não foi formalizada

Espírito Santo: "Lá no Espírito Santo demos inicialmente 10 dias, mas a avaliação é que vamos estender a presença, não temos um prazo para ficar" (Paulo Whitaker/Reuters)

Espírito Santo: "Lá no Espírito Santo demos inicialmente 10 dias, mas a avaliação é que vamos estender a presença, não temos um prazo para ficar" (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 15h53.

Rio de Janeiro - As Forças Armadas vão permanecer no Espírito Santo para auxiliar a segurança do Estado até que a situação se normalize definitivamente, disse nesta terça-feira o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

"A presença das Forças Armadas vai ser prorrogada e requer a prorrogação… vamos permanecer o tempo que for necessário até que a normalidade se instaure", disse Jungmann a jornalistas, no Rio de Janeiro, Estado que também começou a contar com o apoio dos militares na segurança pública.

"Lá no Espírito Santo demos inicialmente 10 dias, mas a avaliação é que vamos estender a presença, não temos um prazo para ficar", acrescentou. "Se lá adiante a situação não for normalizada, nós estenderemos de novo."

Segundo ele, atualmente 3 mil militares estão no Estado e a continuidade da operação ainda não foi formalizada.

Um movimento de protesto de familiares nas portas dos quartéis no Espírito Santo impedindo a saída dos policiais militares gerou uma onda de insegurança, com saques, atos de vandalismo e dezenas de assassinatos.

O governo do Espírito Santo começou a investigar a ação dos policiais e iniciou um processo de demissão dos PMs.

Para Jungmann, o que houve no Espírito Santo foi um motim, e não apenas um ato liderado pelas mulheres dos policiais nas portas dos batalhões.

"No Espírito Santos tivemos um motim com tropas armadas e aquarteladas, e a hierarquia foi afetada tanto que o comandante da PM foi exonerado com 23 dias no cargo", disse o ministro.

"Se as Forças Armadas não estivessem já na segunda-feira (da semana passada) e com isso derrubado saques, incêndios e arrastões, a população teria sua vida e propriedade em risco", acrescentou.

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