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Meu apego a poder e a dinheiro é um vício, diz Sérgio Cabral

Ex-governador do Rio de Janeiro confessou pela primeira vez que recebeu propinas e se diz aliviado

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Cabral: Ex-governador do Rio afirma que usou tempo na prisão para refletir sobre seus atos ilícitos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Cabral: Ex-governador do Rio afirma que usou tempo na prisão para refletir sobre seus atos ilícitos (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de fevereiro de 2019, 19h22.

Última atualização em 26 de fevereiro de 2019, 19h23.

Rio de Janeiro - O ex-governador Sérgio Cabral Filho (MDB), disse nesta terça, 26, que resolveu revelar o esquema de corrupção que operou em seu governo para ficar bem consigo mesmo. Depois de dois anos e três anos preso, Cabral disse que é um homem muito mais aliviado.

O emedebista fez uma autocrítica por ter protagonizado os episódios de corrupção que confessou ao Ministério Público Federal em 21 de fevereiro e falou de ser supostamente viciado em dinheiro. "Esse foi o meu erro de postura, de apego ao dinheiro, ao poder. Isso é um vício", afirmou.

As declarações foram dadas no primeiro depoimento à 7ª Vara Federal Criminal em que resolveu admitir seus crimes. Assim que começou o interrogatório no âmbito da Operação Fratura Exposta, que tratou do esquema de corrupção na saúde do Rio, Cabral disse que passou o tempo preso conversando consigo mesmo e com a sua consciência para tomar a decisão.

"(Resolveu fazer a confissão) Por tudo que a minha mulher e minha família têm passado, pelo sentido histórico que tudo aquilo significa. Em nome da minha família, da minha história, quis fazer isso para ficar de bem comigo mesmo. Hoje sou um homem muito mais aliviado", disse ao juiz Marcelo Bretas.

Cabral afirmou também que sente uma dor "muito profunda" pelo que fez. "Foi muito para quem tem uma carreira política reconhecida pela população. É uma dor muito profunda", afirmou. O ex-governador afirmou que havia uma tradição em cobrar propina de prestadores de serviços do Estado. No caso dos contratos da saúde, ele disse que ficava com 3%, e o ex-secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, com 2%.

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