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Metroviários do Rio desistem de greve na véspera da Copa

Funcionários do metrô da cidade do Rio aceitaram proposta de aumento salarial oferecida pela empresa, e desistiram da greve que pretendiam fazer


	Metrô do Rio de Janeiro: rejeição à greve se impôs por apenas oito votos de diferença
 (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

Metrô do Rio de Janeiro: rejeição à greve se impôs por apenas oito votos de diferença (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2014 às 13h10.

Rio de Janeiro - Os funcionários do metrô da cidade do Rio de Janeiro aceitaram a proposta de aumento salarial oferecida pela empresa e desistiram da greve que pretendiam declarar na véspera do jogo de abertura da Copa do Mundo, informaram nesta quarta-feira fontes sindicais.

Assim, só está em aberto a possibilidade de greve dos funcionários do metrô de São Paulo, onde o mundial será inaugurado amanhã, quinta-feira, com o jogo entre Brasil e Croácia.

No Rio, a rejeição à greve se impôs por apenas oito votos de diferença em uma assembleia realizada na terça-feira à noite na sede do Sindicato de Trabalhadores do Metrô do Rio de Janeiro (Simerj), informou hoje a entidade.

O primeiro jogo na capital fluminense será no domingo, entre Argentina e Bósnia, e o metrô vem sendo recomendado como principal alternativa aos ônibus, que não poderão circular perto do estádio do Maracanã.

A última proposta da concessionária Metrô Rio foi de 8% de ajuste salarial e foi aprovada apesar de os trabalhadores pedirem inicialmente um aumento de 15%.

A decisão garante o funcionamento do metrô na capital fluminense durante o mundial.

No caso de São Paulo, onde também reivindicam aumento salarial, os funcionários se reunirão hoje à noite para decidir se cruzam novamente de braços ou não a partir de amanhã, quando a cidade receberá a abertura da Copa.

Os empregados do metrô de São Paulo encerraram na segunda-feira uma greve de cinco dias que foi declarada ilegal pela Justiça, mas ameaçaram retomá-la na quinta-feira caso o governo estadual não readmita os 42 grevistas que despediu.

No Rio, a decisão da maioria surpreendeu aos dirigentes do sindicato, que defendiam a paralisação.

'Evidentemente não era o que queríamos, mas foi o estipulado. Queríamos mais, mas nem sempre se consegue o que se quer', afirmou o presidente do sindicato, Heber Fernandes da Silva.

Segundo o dirigente, o sindicato considera que a empresa podia melhorar ainda mais sua proposta devido a que aumentou sua receita com o transporte de um maior número de passageiros.

Acrescentou que o sindicato apresentou uma lista de 69 reivindicações à empresa, em sua maioria rechaçadas, mas admitiu que a decisão da companhia de aceitar alguns pedidos para melhorar a remuneração dos trabalhadores terminou convencendo a maioria.

Além do reajuste salarial de 8% retroativo, a empresa determinou o pagamento de uma participação nos resultados, um aumento de 14,65% no salário-base, um adicional de Natal, um auxílio mensal para empregados com filhos com deficiências e um aumento no vale alimentação.

No Rio também foi encerrada na terça-feira uma greve de 48 dias dos vigilantes privados que também ameaçava a segurança do estádio Maracanã e alguns hotéis durante o mundial e com dificultar operações bancárias durante a competição.

Os vigilantes aceitaram voltar ao trabalho nesta quarta-feira após a oferta de reajuste salarial de 8% apresentada pelo Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Rio de Janeiro.

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