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Metrô de SP: assembleia termina sem definição sobre nova greve

Na assembleia, o sindicato afirmou que quer realizar uma paralisação maior do que a feita no último dia 3 de outubro

A próxima paralisação não tem data prevista (Fernando Frazão/Agência Brasil)

A próxima paralisação não tem data prevista (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Publicado em 23 de outubro de 2023 às 20h42.

Última atualização em 23 de outubro de 2023 às 20h46.

A assembleia do sindicato dos metroviários realizada na noite desta segunda-feira, 23, terminou sem a definição sobre uma nova greve contra os projetos de privatização em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas.

Durante a reunião, membros da categoria defenderam a votação de uma nova paralisação para quinta-feira, 26 ou o próximo dia 7 de novembro.

A presidente do sindicato, Camila Ribeiro Duarte Lisboa, argumentou, porém, que o objetivo é realizar uma paralisação maior e mais unificada que a do dia 3 de outubro, atraindo professores e outras categorias, e por isso não seria “bom para a luta” definir uma data neste momento.

Na semana passada, os metroviários aprovaram um estado de greve contra as advertências aplicadas pelo Metrô e as privatizações em discussão pelo governo Tarcísio de Freitas. Com a decisão, a categoria alerta que pode realizar uma paralisação a qualquer momento.

Vai ter greve do metrô amanhã?

Inicialmente havia a possibilidade de greve nesta terça-feira, 24. Na reunião, no entanto, o Sindicato dos Metroviários não definiu uma nova paralisação para essa semana.

Por que o Metrô pode entrar em greve?

Desde junho, os metroviários, ferroviários e trabalhadores da Sabesp exigem que o governo interrompa os processos de privatizações imediatamente, cancele os pregões de terceirização do Metrô e consulte a população por meio de um plebiscito sobre as entrega das empresas estatais à iniciativa privada. Eles afirmam que a concessão de linhas de transporte e da rede de água e esgoto vão piorar a qualidade dos serviços. E citam, como exemplo, o aumento das falhas nas linhas 8 e 9 da CPTM após a concessão à ViaMobilidade.

A greve do dia 3 causou impacto na capital paulista, que registrou mais de 600 km de lentidão. O rodízio foi suspenso e as administrações estadual e municipal decretaram ponto facultativo. Apenas as creches e escolas municipais e postos de saúde funcionaram. Escolas da rede estadual ficaram fechadas. As linhas do Metrô não funcionaram durante todo o dia e a CPTM teve linhas com operação parcial ou fechadas.

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