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Mesmo com perdas, PMDB ainda vêm vitória de Cunha na Câmara

Ministros e presidentes de partidos aliados têm se esforçado para convencer os deputados a votarem em Arlindo Chinaglia (PT), para a presidência da Casa

Líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha: na avaliação desse aliados, Cunha poderia ter até 330 votos dos 513 deputados (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 13h39.

Brasília - A pressão de ministros do governo e das cúpulas de partidos aliados surtiu efeito nos últimos dias e sangrou votos do candidato do PMDB à presidência da Câmara , deputado Eduardo Cunha (RJ), mas seu grupo de apoio ainda acredita na vitória no primeiro turno na eleição de domingo.

Na avaliação desse grupo, Cunha poderia ter até 330 votos dos 513 deputados. "A pressão do governo tirou uns 40 votos. Mas nós achamos que agora a sangria parou e não tem mais como reverter posições", avaliou um dos integrantes da campanha do peemedebista à Reuters, sob condição de anonimato.

Se a expectativa se confirmar, Cunha seria eleito no primeiro turno com certa folga, já que são necessários 257 votos para não haver segundo turno.

Nos últimos dias, ministros e presidentes de partidos aliados têm se esforçado para convencer os deputados a votarem no candidato do PT , deputado Arlindo Chinaglia (SP), para a presidência da Casa.

Um ministro que participou dessa articulação disse à Reuters na quinta-feira, sob condição de anonimato, que havia expectativa de que esse esforço na reta final da campanha colocaria Chinaglia no segundo turno contra Cunha.

O coordenador de campanha de Chinaglia, deputado Vicente Cândido (PT-SP), avaliou mais cedo nesta sexta-feira que Cunha está alardeando mais votos do que terá.

Cândido está confiante de que a articulação dos últimos dias deu muita força à campanha do petista. Ao ser questionado sobre como virar a eleição, caso Chinaglia chegue ao segundo turno, ele disse que a disputa será pelos 54 votos da bancada do PSDB.

"Está nas mãos do PSDB. O rumo que eles tomarem define a eleição", disse Cândido a jornalistas mais cedo, analisando que será uma eleição com resultado apertado.

O PSDB apoiará oficialmente a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), mas tanto petistas quanto peemedebistas acreditam que já no primeiro turno os parlamentares tucanos vão escolher Chinaglia ou Cunha, deixando Delgado pelo caminho.

"Nós vamos ter pelo menos uns 30 votos da bancada já no primeiro turno", apostou o integrante da campanha de Cunha.

Cândido também acredita que os tucanos irão trair Delgado e que alguns votos podem inclusive ir para Chinaglia. O ministro ouvido pela Reuters na quinta também disse que "tem voto do PSDB no Chinaglia também".

Além desses três candidatos, o PSOL também lançou o deputado Chico Alencar (RJ) para a presidência da Casa.

Apesar de PT e PMDB serem os maiores partidos da base aliada do governo na Câmara, o governo tem preferência pela eleição de Chinaglia, porque Cunha sempre foi visto como um aliado pouco confiável no Palácio do Planalto e já entrou em atrito com as posições do governo em algumas votações.

Como a votação de domingo é secreta, o governo aposta que as pressões feitas nos últimos dias terão efeito principalmente sobre os novos deputados a ponto de haver uma virada a favor do petista.

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Brasília - A pressão de ministros do governo e das cúpulas de partidos aliados surtiu efeito nos últimos dias e sangrou votos do candidato do PMDB à presidência da Câmara , deputado Eduardo Cunha (RJ), mas seu grupo de apoio ainda acredita na vitória no primeiro turno na eleição de domingo.

Na avaliação desse grupo, Cunha poderia ter até 330 votos dos 513 deputados. "A pressão do governo tirou uns 40 votos. Mas nós achamos que agora a sangria parou e não tem mais como reverter posições", avaliou um dos integrantes da campanha do peemedebista à Reuters, sob condição de anonimato.

Se a expectativa se confirmar, Cunha seria eleito no primeiro turno com certa folga, já que são necessários 257 votos para não haver segundo turno.

Nos últimos dias, ministros e presidentes de partidos aliados têm se esforçado para convencer os deputados a votarem no candidato do PT , deputado Arlindo Chinaglia (SP), para a presidência da Casa.

Um ministro que participou dessa articulação disse à Reuters na quinta-feira, sob condição de anonimato, que havia expectativa de que esse esforço na reta final da campanha colocaria Chinaglia no segundo turno contra Cunha.

O coordenador de campanha de Chinaglia, deputado Vicente Cândido (PT-SP), avaliou mais cedo nesta sexta-feira que Cunha está alardeando mais votos do que terá.

Cândido está confiante de que a articulação dos últimos dias deu muita força à campanha do petista. Ao ser questionado sobre como virar a eleição, caso Chinaglia chegue ao segundo turno, ele disse que a disputa será pelos 54 votos da bancada do PSDB.

"Está nas mãos do PSDB. O rumo que eles tomarem define a eleição", disse Cândido a jornalistas mais cedo, analisando que será uma eleição com resultado apertado.

O PSDB apoiará oficialmente a candidatura do deputado Júlio Delgado (PSB-MG), mas tanto petistas quanto peemedebistas acreditam que já no primeiro turno os parlamentares tucanos vão escolher Chinaglia ou Cunha, deixando Delgado pelo caminho.

"Nós vamos ter pelo menos uns 30 votos da bancada já no primeiro turno", apostou o integrante da campanha de Cunha.

Cândido também acredita que os tucanos irão trair Delgado e que alguns votos podem inclusive ir para Chinaglia. O ministro ouvido pela Reuters na quinta também disse que "tem voto do PSDB no Chinaglia também".

Além desses três candidatos, o PSOL também lançou o deputado Chico Alencar (RJ) para a presidência da Casa.

Apesar de PT e PMDB serem os maiores partidos da base aliada do governo na Câmara, o governo tem preferência pela eleição de Chinaglia, porque Cunha sempre foi visto como um aliado pouco confiável no Palácio do Planalto e já entrou em atrito com as posições do governo em algumas votações.

Como a votação de domingo é secreta, o governo aposta que as pressões feitas nos últimos dias terão efeito principalmente sobre os novos deputados a ponto de haver uma virada a favor do petista.

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