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Mesmo após recuo, PP ainda quer expulsão de Waldir Maranhão

O PP pretende aprovar a suspensão temporária de Waldir Maranhão (PP-MA), mesmo após o deputado ter revogado ato em que anulou a sessão do impeachment

Deputados do Partido Progressista (PP): parlamentares dizem que, mesmo com a revogação, a permanência de Maranhão no partido se tornou insustentável. (Divulgação/PP/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2016 às 08h34.

Brasília - A Executiva Nacional do PP pretende manter a decisão de aprovar na tarde desta terça-feira, 10, a suspensão cautelar (temporária) do presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), mesmo após o deputado ter revogado ato em que anulou a sessão na qual a Câmara aprovou o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Da mesma forma, a bancada do PP na Câmara também não deve voltar atrás da decisão de fechar questão a favor da expulsão definitiva do parlamentar maranhense da sigla.

De acordo com o líder da legenda na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), a reunião em que a questão será definida está mantida para às 10 horas desta terça-feira.

Depois das reações contrárias a ele anunciadas ao longo desta segunda-feira, 9, Waldir Maranhão decidiu revogar no início da madrugada desta terça-feira o ato assinado por ele próprio na manhã anterior, em que tinha anulado a sessão do impeachment na Câmara. No ato de revogação, ele não apresentou nenhuma justificativa para a decisão.

Deputados da cúpula do PP ouvidos pelo Broadcast Político classificaram a atitude de Maranhão como "palhaçada" e dizem que, mesmo com a revogação, a permanência dele no partido se tornou insustentável.

Segundo parlamentares, o presidente interino tentou procurar a cúpula da sigla ontem para pedir que seu processo de expulsão fosse interrompido. Não obteve sucesso.

O pedido de afastamento cautelar de Maranhão foi solicitado ontem pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ) junto com o pedido de expulsão definitiva, após o parlamentar maranhense acatar recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment.

No pedido, Júlio Lopes solicita a expulsão definitiva de Maranhão usando como argumento o fato de ele ter votado contra o impeachment da presidente Dilma na Câmara, contrariando decisão interna do partido.

O PP tinha fechado questão a favor do impedimento da petista, o que permite punição para os parlamentares dissidentes.

O parlamentar fluminense pede que, enquanto o processo expulsão definitiva não é analisado, a Executiva Nacional suspenda Maranhão temporariamente do partido.

O pedido cautelar foi uma saída encontrada pelos deputados do PP para afastar o presidente interino da Câmara da sigla mais rapidamente, uma vez que a expulsão definitiva levará tempo maior.

Maranhão já tinha sofrido uma punição por ter votado contra o impeachment na Câmara. Ele foi destituído da presidência do diretório regional do PP em seu Estado.

No lugar dele, o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), nomeou presidente o deputado federal André Fufuca, que se filou à legenda recentemente, após deixar o PEN.

Cargo

Logo após a suspensão cautelar de Maranhão, a cúpula do PP pretende pedir a perda imediata do cargo dele de 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados.

Na interpretação de parlamentares do partido, embora Maranhão tenha sido eleito para o cargo, o posto pertence ao partido. A decisão, contudo, poderá ser contestada.

Segundo o 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), o pedido de perda do cargo só caberia se o presidente interino tivesse deixado o partido por vontade própria.

Além disso, na Casa já há precedentes: o deputado Felipe Bornier (RJ) continuou como 2º secretário mesmo após migrar do PSD para o PROS por vontade própria.

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Da mesma forma, a bancada do PP na Câmara também não deve voltar atrás da decisão de fechar questão a favor da expulsão definitiva do parlamentar maranhense da sigla.

De acordo com o líder da legenda na Casa, deputado Aguinaldo Ribeiro (PB), a reunião em que a questão será definida está mantida para às 10 horas desta terça-feira.

Depois das reações contrárias a ele anunciadas ao longo desta segunda-feira, 9, Waldir Maranhão decidiu revogar no início da madrugada desta terça-feira o ato assinado por ele próprio na manhã anterior, em que tinha anulado a sessão do impeachment na Câmara. No ato de revogação, ele não apresentou nenhuma justificativa para a decisão.

Deputados da cúpula do PP ouvidos pelo Broadcast Político classificaram a atitude de Maranhão como "palhaçada" e dizem que, mesmo com a revogação, a permanência dele no partido se tornou insustentável.

Segundo parlamentares, o presidente interino tentou procurar a cúpula da sigla ontem para pedir que seu processo de expulsão fosse interrompido. Não obteve sucesso.

O pedido de afastamento cautelar de Maranhão foi solicitado ontem pelo deputado Júlio Lopes (PP-RJ) junto com o pedido de expulsão definitiva, após o parlamentar maranhense acatar recurso da Advocacia-Geral da União (AGU) e anular a sessão da Câmara que aprovou a abertura do processo de impeachment.

No pedido, Júlio Lopes solicita a expulsão definitiva de Maranhão usando como argumento o fato de ele ter votado contra o impeachment da presidente Dilma na Câmara, contrariando decisão interna do partido.

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O parlamentar fluminense pede que, enquanto o processo expulsão definitiva não é analisado, a Executiva Nacional suspenda Maranhão temporariamente do partido.

O pedido cautelar foi uma saída encontrada pelos deputados do PP para afastar o presidente interino da Câmara da sigla mais rapidamente, uma vez que a expulsão definitiva levará tempo maior.

Maranhão já tinha sofrido uma punição por ter votado contra o impeachment na Câmara. Ele foi destituído da presidência do diretório regional do PP em seu Estado.

No lugar dele, o presidente nacional da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), nomeou presidente o deputado federal André Fufuca, que se filou à legenda recentemente, após deixar o PEN.

Cargo

Logo após a suspensão cautelar de Maranhão, a cúpula do PP pretende pedir a perda imediata do cargo dele de 1º vice-presidente da Câmara dos Deputados.

Na interpretação de parlamentares do partido, embora Maranhão tenha sido eleito para o cargo, o posto pertence ao partido. A decisão, contudo, poderá ser contestada.

Segundo o 1º secretário da Câmara, deputado Beto Mansur (PRB-SP), o pedido de perda do cargo só caberia se o presidente interino tivesse deixado o partido por vontade própria.

Além disso, na Casa já há precedentes: o deputado Felipe Bornier (RJ) continuou como 2º secretário mesmo após migrar do PSD para o PROS por vontade própria.

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