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Mesmo após reforma, Planalto faz cálculos contra pauta-bomba

Os vetos são uma verdadeira pauta-bomba que, se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União


	Congresso Nacional: os vetos são uma verdadeira pauta-bomba que, se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União
 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Congresso Nacional: os vetos são uma verdadeira pauta-bomba que, se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2015 às 08h33.

Brasília - A reforma ministerial concluída na semana passada não foi suficiente para aumentar a expectativa de votos favoráveis à manutenção dos vetos presidenciais na sessão do Congresso desta terça-feira, 6.

Em reunião na segunda-feira, 5, entre líderes da base governista na Câmara e o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), o Planalto estimou ter os mesmos 200 votos que contabilizava antes da dança das cadeiras.

Os vetos são uma verdadeira pauta-bomba que, se ativada, aumenta consideravelmente os gastos da União.

Lideranças partidárias dizem que as trocas promovidas na Esplanada dos Ministérios podem não dar ao governo o resultado esperado no Congresso.

Berzoini fez apelos para que os vetos sejam mantidos aos líderes da Câmara e do Senado, Casa onde a situação é mais favorável ao governo.

O que mais preocupa a Esplanada é o do reajuste dos servidores do Judiciário. O impacto é de R$ 36,2 bilhões até 2019, segundo o governo.

Para ser derrubado, cada um dos vetos precisa ter pelo menos 257 dos 513 votos de deputados e 41 dos 81 senadores.

O líder do governo, José Guimarães (CE), admitiu não esperar uma votação tranquila. "Eu não posso antecipar a votação. Política é risco. Mas estamos confiantes", afirmou.

Para o líder do PP, Eduardo da Fonte (PE), o "governo conta com a consciência dos parlamentares para os danos que a derrubada dos vetos pode causar à economia do Brasil".

No seu partido de 39 deputados, há quem reclame que legendas não tão fiéis ao governo receberam ministérios com orçamentos vultosos.

O alvo principal da queixa, nesse caso, é o PDT, partido de 18 deputados que deixou a base do governo rumo à "independência" e recebeu o Ministério das Comunicações, cujo orçamento deste ano é de R$ 778 milhões.

O PSD, com 18 deputados, manteve sob seu comando o Ministério das Cidades, mas perdeu o da Micro e Pequena Empresa. Ontem à noite, o governo tentou fazer o líder do partido na Câmara, Rogério Rosso (DF), retirar seu requerimento para que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seja convocado para explicar na Casa a crise econômica.

No PC do B também houve descontentamento. O ministro Aldo Rabelo foi transferido de Ciência e Tecnologia para a Defesa. No partido de 11 deputados, consideraram a troca "injusta" porque a nova pasta da legenda é estritamente técnica e não dialoga com sua base social.

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