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Mercadante defende nova redação dada ao PNE

O governo desistiu de lutar contra a meta especificada no projeto de destinar 10% do PIB para educação e agora aposta em uma manobra contábil para maquiar a conta


	Aloizio Mercadante: "Vamos manter o conceito e definir o que é educação pública, não necessariamente estatal.", disse o ministro
 (Wilson Dias/ABr)

Aloizio Mercadante: "Vamos manter o conceito e definir o que é educação pública, não necessariamente estatal.", disse o ministro (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 14h06.

Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a nova redação dada ao Plano Nacional de Educação (PNE). Conforme o jornal "O Estado de S. Paulo" adiantou ontem (13), o governo desistiu de lutar contra a meta especificada no projeto de destinar 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para educação e agora aposta em uma manobra contábil para maquiar a conta.

O novo parecer do relator, senador José Pimentel (PT-CE), altera a redação aprovada na Câmara dos Deputados que previa 10% de investimento federal em educação pública. O novo texto fala em "investimento público em educação".

Para Mercadante, o parecer do relator, construído em conjunto com o MEC, é compatível com a Constituição e permite que programas do governo federal como o ProUni, o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras se mantenham.

"Vamos manter o conceito e definir o que é educação pública, não necessariamente estatal.", disse o ministro ao participar de uma audiência pública na Comissão de Educação do Senado, na manhã desta terça-feira.

Mercadante manteve o discurso contrário à destinação de 10% do PIB para educação. "Não basta o Congresso dizer que precisa ter uma meta de investimento. Tem que dizer que onde virá o recurso", disse.


Nos bastidores, o Planalto trabalhou contra os 10%. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, chegou a dizer que o PNE ia "quebrar" o País.

O governo, contudo, mudou de estratégia e optou por aderir à campanha, ressaltando a necessidade de garantir a fonte de financiamento. "Tem que dizer de onde vai vir o dinheiro. O salto que o Brasil precisa tem que ter uma fonte sólida e só vejo essa: os royalties do petróleo", disse o ministro da Educação.

Outra mudança sugerida por Pimentel no texto diminui cobranças sobre a presidente Dilma Rousseff, caso ela seja reeleita ano que vem. A redação que saiu da Câmara estabelecia uma meta intermediária de 7% do PIB no quinto ano de vigência do PNE e a 10% no final do decênio. O Senado, contudo, suprimiu a meta intermediária.

O Plano Nacional de Educação (PNE) estava na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) desta terça, mas a votação foi adiada por um pedido de vista coletivo.

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