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Mercadante comemora nota de corte de cotistas do Sisu

É de apenas 5,3% a diferença média entre as notas de corte de cotistas e não cotistas inscritos para cursos de Medicina em universidades federais

Aloizio Mercadante: "É um excelente começo, excelente notícia, mas longe de dizer que o problema do ensino médio está resolvido", afirmou o ministro da Educação (Valter Campanato/ABr)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 07h30.

Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante , disse na quarta-feira (9) que é "uma excelente notícia" ser de apenas 5,3% a diferença média entre as notas de corte de cotistas e não cotistas inscritos para cursos de Medicina em universidades federais, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo a partir de levantamento de dados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

"É um excelente começo, excelente notícia, mas longe de dizer que o problema do ensino médio está resolvido. (Esse dado) Não pode ser lido como uma acomodação ou como se o desafio da educação não fosse imenso para o MEC e para as Secretarias Estaduais de Educação. As cotas e o Enem têm de ser um estimulo para a melhoria da qualidade do ensino médio", comentou Mercadante.

"Esses alunos (cotistas) têm uma vontade fantástica de estudar e em geral as teses mostram que o rendimento (dos cotistas) tem sido equivalente ou superior ao daqueles que entraram no sistema de ampla concorrência."

O Ministério da Educação (MEC) fez uma amostra aleatória de cursos que também aponta para uma diferença pequena na nota de corte entre cotistas e não cotistas.

No curso de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, a nota de corte da ampla concorrência era de 786,29 pontos, enquanto que para os alunos que tinham cursado integralmente o ensino médio em escola pública, a nota ficou em 764,73 (2,74% menor).

Entre os autodeclarados pretos, pardos e indígenas que fizeram ensino médio público, a nota de corte é 736,03.


A Lei das Cotas estabelece que as instituições federais deverão reservar neste ano pelo menos 12,5% de suas vagas, em cada curso, para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, atendendo também a critérios de cor de pele e de renda.

Já na Universidade Federal do Mato Grosso, a nota de corte do curso de direito chega a 681,98 no sistema geral, caindo para 651,94 entre aqueles que cursaram o ensino médio em escola pública (4,40% menor).

Entre os autodeclarados pretos, pardos e indígenas que fizeram ensino médio público, a nota chegou a 631,62. Em outro recorte feito pelo MEC, a nota de corte da ampla concorrência do curso de pedagogia da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) é de 641,67, cai para 611,91 (4,64% menor) entre os candidatos que fizeram ensino médio público e desce para 597,17 entre autodeclarados pretos, pardos e indígenas que cursaram o ensino médio público.

Mercadante chamou a atenção para o fato de, no próximo ano, a reserva para cotistas de escolas públicas chegar a 25%, alcançando 50% em 2016. "O desafio será maior, porque vão entrar mais cotistas. Não pode cair (a nota de corte dos cotistas), o sistema não pode se acomodar."

O ministro garantiu que haverá recursos para a concessão de auxílio financeiro de R$ 400 para os alunos cotistas de baixa renda, mas pediu que o Congresso aprove logo a medida quando voltar do recesso, em fevereiro. "Essa bolsa é uma decisão da presidente Dilma, não haverá restrições orçamentárias para esse programa. Com prudência e segurança, a partir de maio o programa será implantado", garantiu.

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Brasília - O ministro da Educação, Aloizio Mercadante , disse na quarta-feira (9) que é "uma excelente notícia" ser de apenas 5,3% a diferença média entre as notas de corte de cotistas e não cotistas inscritos para cursos de Medicina em universidades federais, conforme informou o jornal O Estado de S. Paulo a partir de levantamento de dados do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

"É um excelente começo, excelente notícia, mas longe de dizer que o problema do ensino médio está resolvido. (Esse dado) Não pode ser lido como uma acomodação ou como se o desafio da educação não fosse imenso para o MEC e para as Secretarias Estaduais de Educação. As cotas e o Enem têm de ser um estimulo para a melhoria da qualidade do ensino médio", comentou Mercadante.

"Esses alunos (cotistas) têm uma vontade fantástica de estudar e em geral as teses mostram que o rendimento (dos cotistas) tem sido equivalente ou superior ao daqueles que entraram no sistema de ampla concorrência."

O Ministério da Educação (MEC) fez uma amostra aleatória de cursos que também aponta para uma diferença pequena na nota de corte entre cotistas e não cotistas.

No curso de direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), por exemplo, a nota de corte da ampla concorrência era de 786,29 pontos, enquanto que para os alunos que tinham cursado integralmente o ensino médio em escola pública, a nota ficou em 764,73 (2,74% menor).

Entre os autodeclarados pretos, pardos e indígenas que fizeram ensino médio público, a nota de corte é 736,03.


A Lei das Cotas estabelece que as instituições federais deverão reservar neste ano pelo menos 12,5% de suas vagas, em cada curso, para estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas, atendendo também a critérios de cor de pele e de renda.

Já na Universidade Federal do Mato Grosso, a nota de corte do curso de direito chega a 681,98 no sistema geral, caindo para 651,94 entre aqueles que cursaram o ensino médio em escola pública (4,40% menor).

Entre os autodeclarados pretos, pardos e indígenas que fizeram ensino médio público, a nota chegou a 631,62. Em outro recorte feito pelo MEC, a nota de corte da ampla concorrência do curso de pedagogia da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) é de 641,67, cai para 611,91 (4,64% menor) entre os candidatos que fizeram ensino médio público e desce para 597,17 entre autodeclarados pretos, pardos e indígenas que cursaram o ensino médio público.

Mercadante chamou a atenção para o fato de, no próximo ano, a reserva para cotistas de escolas públicas chegar a 25%, alcançando 50% em 2016. "O desafio será maior, porque vão entrar mais cotistas. Não pode cair (a nota de corte dos cotistas), o sistema não pode se acomodar."

O ministro garantiu que haverá recursos para a concessão de auxílio financeiro de R$ 400 para os alunos cotistas de baixa renda, mas pediu que o Congresso aprove logo a medida quando voltar do recesso, em fevereiro. "Essa bolsa é uma decisão da presidente Dilma, não haverá restrições orçamentárias para esse programa. Com prudência e segurança, a partir de maio o programa será implantado", garantiu.

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