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Caímos na armadilha feita pela oposição, diz ministro sobre Enem

Ministro da Educação atribuiu ocupação das escolas a manobra dos opositores para atrapalhar governo

Mendonça descartou a possibilidade de tratar a reforma do ensino médio por meio de projeto de lei (Valter Campanato/Agência Brasil)

Marcelo Ribeiro

Publicado em 4 de novembro de 2016 às 17h00.

Última atualização em 4 de novembro de 2016 às 17h23.

Brasília - O ministro da Educação, Mendonça Filho (DEM-PE), afirmou que as ocupações das escolas são apoiadas por movimentos ligados a oposição do governo do presidente Michel Temer (PMDB). Ele lamentou a tentativa velada dos opositores de politizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e classificou a iniciativa como um desrespeito aos estudantes.

“Caímos na esparrela construída pela oposição. É evidente que setores ligados ao PT, ao PCdoB e ao PSOL e os movimentos sindicais estão articulando as ocupações”, disse o ministro em entrevista a EXAME.com na tarde desta sexta. Ele atribuiu as ocupações a manobras dos opositores para atrapalhar o governo peemedebista.

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As provas do Enem acontecem neste final de semana. A ocupação de 364 escolas em 18 estados do país e no Distrito Federal determinou que 240 mil dos 8,6 milhões de alunos inscritos façam o exame só nos dias 3 e 4 de dezembro.

Indagado sobre os gastos adicionais pela mudança da data, Mendonça Filho disse “que será superior aos R$ 12 milhões que anunciou anteriormente”. Segundo o ministro, algumas despesas são irreversíveis.

“As 240 mil provas que foram adiadas já estavam rodadas. Haverá um gastos adicional com elaboração de uma nova avaliação, de impressão, de logística, de segurança, entre outras coisas”, destacou Mendonça.

Ele também não quis comentar quem ressarcirá a União por esses custos. “Quem vai decidir isso é a AGU (Advocacia-Geral da União). Só sei que essa bomba não pode e não vai estourar na mão dos estudantes”.

Reforma do Ensino Médio

A EXAME.com, Mendonça descartou a possibilidade de tratar a reforma do ensino médio por meio de projeto de lei. De acordo com o ministro, a medida provisória não inibe o debate.

Para definir o caráter democrático da reforma, o chefe da pasta de Educação destacou que a comissão especial que analisa a matéria marcou audiências públicas para ouvir 53 pessoas.

“Estamos abertos ao debate. A situação dos jovens é cada vez mais preocupante. Há mais de 1,7 milhão de jovens que não trabalham e não estudam. A reforma do ensino médio tem como objetivo estabelecer debates sobre a educação no país”, concluiu Mendonça.

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