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Memorial completa 25 anos sem auditório principal

O espaço comemora a data com programação de shows e eventos

Incêndio no Auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina: o Simon Bolívar teve 90% da estrutura queimada após um incêndio em novembro do ano passado (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de março de 2014 às 10h13.

São Paulo - O Memorial da América Latina completa 25 anos nesta terça-feira, 18, com programação de shows e eventos, mas sem o seu auditório principal, o Simon Bolívar, que teve 90% da estrutura queimada após um incêndio em novembro do ano passado.

Para comemorar a data está marcado para hoje, às 18h, um show gratuito com o cantor paulista Marcelo Jeneci. No sábado, 22, será aberta uma exposição organizada por Maurren Bisilliat e Adriana Beretta, duas das mais antigas funcionárias do Memorial, que reúne fotos, vídeos e textos sobre os 25 anos do complexo - projetado por Oscar Niemeyer.

O presidente do centro cultural, João Batista de Andrade, quer dar um novo significado ao centro a partir da agora. "São Paulo é uma megalópole cosmopolita num País que tem pouquíssima ligação com povos latino-americanos. Temos uma cultura formada num olhar para França e os outros povos se voltam para a Espanha, então a intenção de o Memorial ser um grande centro de afirmação da ‘latino-americanidade’ não é uma obra fácil. O desafio não é brigar pelo orçamento, é dar significado à instituição", afirma.

Ele diz que quer trazer mais artistas latino-americanos ao centro e tornar o local mais popular. "Tem de ter gente na praça. Banca, comida, show, um centro cultural altamente ativo", diz Batista.

"Começamos a pensar num projeto que não envolve mais a ilusão de sermos um centro político. Somos um centro cultural com alto poder de exposição. Se conseguirmos formular esse projeto, podemos pensar num orçamento adequado e em parcerias."


Reforma.

O auditório Simon Bolívar não precisará ser demolido, segundo laudo de dezembro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado que afirma que o local "encontra-se em condições passíveis de recuperação".

O IPT está mapeando a estrutura para o restauro e, em abril, conforme previsões do Memorial, a Companhia Paulista Obras Serviços (CPOS) abrirá licitações para contratar as empresas.

Na época em que houve o incêndio, a Prefeitura afirmou que o auditório estava com o alvará vencido desde 1993. João Batista de Andrade disse, no entanto, que tinha um documento do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) que permitia o funcionamento.

Agora, as obras deverão ser finalizadas para a solicitação de um novo alvará. "Após a conclusão da reforma do auditório, o interessado deverá requerer o Alvará de Funcionamento para Local de Reunião. O alvará só será emitido se todas as questões legais forem atendidas", disse a Secretaria Municipal de Habitação, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - O Memorial da América Latina completa 25 anos nesta terça-feira, 18, com programação de shows e eventos, mas sem o seu auditório principal, o Simon Bolívar, que teve 90% da estrutura queimada após um incêndio em novembro do ano passado.

Para comemorar a data está marcado para hoje, às 18h, um show gratuito com o cantor paulista Marcelo Jeneci. No sábado, 22, será aberta uma exposição organizada por Maurren Bisilliat e Adriana Beretta, duas das mais antigas funcionárias do Memorial, que reúne fotos, vídeos e textos sobre os 25 anos do complexo - projetado por Oscar Niemeyer.

O presidente do centro cultural, João Batista de Andrade, quer dar um novo significado ao centro a partir da agora. "São Paulo é uma megalópole cosmopolita num País que tem pouquíssima ligação com povos latino-americanos. Temos uma cultura formada num olhar para França e os outros povos se voltam para a Espanha, então a intenção de o Memorial ser um grande centro de afirmação da ‘latino-americanidade’ não é uma obra fácil. O desafio não é brigar pelo orçamento, é dar significado à instituição", afirma.

Ele diz que quer trazer mais artistas latino-americanos ao centro e tornar o local mais popular. "Tem de ter gente na praça. Banca, comida, show, um centro cultural altamente ativo", diz Batista.

"Começamos a pensar num projeto que não envolve mais a ilusão de sermos um centro político. Somos um centro cultural com alto poder de exposição. Se conseguirmos formular esse projeto, podemos pensar num orçamento adequado e em parcerias."


Reforma.

O auditório Simon Bolívar não precisará ser demolido, segundo laudo de dezembro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) do Estado que afirma que o local "encontra-se em condições passíveis de recuperação".

O IPT está mapeando a estrutura para o restauro e, em abril, conforme previsões do Memorial, a Companhia Paulista Obras Serviços (CPOS) abrirá licitações para contratar as empresas.

Na época em que houve o incêndio, a Prefeitura afirmou que o auditório estava com o alvará vencido desde 1993. João Batista de Andrade disse, no entanto, que tinha um documento do Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru) que permitia o funcionamento.

Agora, as obras deverão ser finalizadas para a solicitação de um novo alvará. "Após a conclusão da reforma do auditório, o interessado deverá requerer o Alvará de Funcionamento para Local de Reunião. O alvará só será emitido se todas as questões legais forem atendidas", disse a Secretaria Municipal de Habitação, em nota. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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