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Meirelles diz que vai percorrer o país caso decida deixar o ministério

O ministro rechaçou a ideia de estar sendo "testado" pelo MDB e disse que não é um "plano B" do partido

Henrique Meirelles: "Em primeiro lugar tenho que tomar uma definição final sobre candidatura" (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Meirelles: "Em primeiro lugar tenho que tomar uma definição final sobre candidatura" (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 3 de abril de 2018 às 19h12.

Brasília - Com comportamento de candidato, tirando selfies e gravando vídeos após evento no palácio do Planalto, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que caso decida mesmo deixar o cargo até a próxima sexta-feira, 6, vai percorrer o País em palestras e eventos.

Mais cedo, nesta terça-feira, 3, durante a sua filiação ao MDB, Meirelles havia afirmado que deve ficar no ministério até a sexta-feira, após ter sido pressionado pelos repórteres sobre essa decisão.

"Em primeiro lugar tenho que tomar uma definição final sobre candidatura, mas saindo do ministério tenho convites e pedidos para palestras, eventos no Brasil inteiro, que acho que vai ser uma oportunidade excelente de percorrermos o País e mostrarmos tudo aquilo que fizemos e tudo aquilo que está sendo feito e que tem dado resultados tão favoráveis para o crescimento do País, da renda, além da inflação em baixa", disse.

Meirelles minimizou o assédio de empresários no evento sobre Refis para micro e pequenas empresas e disse que é um comportamento "natural". "Existe interesse de ouvir nossa opinião sobre o assunto, a participação que tivemos, e tudo isso faz parte do nosso trabalho normal de condução da economia brasileira", afirmou Meirelles, que pousou para fotos sorridente e gravou vídeos a pedidos de empresários.

O ministro rechaçou a ideia de estar sendo "testado" pelo MDB e disse que não é um "plano B" do partido. "Não, absolutamente", disse. " É um processo normal, eu próprio não decidi ainda se serei candidato ou não", repetiu.

Meirelles disse que escolheu o MDB por ser um "grande partido". "Foi de fato o partido da minha preferência na medida em que é um partido de expressão nacional, é um partido chave nesse processo da democratização e da construção da estabilidade do pais", completou.

O ministro disse que "é normal" que o partido tenha "definição no momento adequado". "A recepção foi excelente, não poderia ser melhor. E o partido deixou as portas abertas para que nós possamos tomar a melhor decisão possível", disse.

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