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Meirelles diz não ter "desejo específico" de ser presidente

Em entrevista, o ministro também explicou sua afirmação anterior sobre o fato de ser presidenciável

Henrique Meirelles: ministro afirmou que esse tipo de decisão tem que ser tomada no futuro (Ueslei Marcelino/Reuters)

Henrique Meirelles: ministro afirmou que esse tipo de decisão tem que ser tomada no futuro (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de novembro de 2017 às 09h15.

Última atualização em 6 de novembro de 2017 às 12h35.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta segunda-feira que não tem "desejo específico" de ser presidente da República, mas repetiu que esse tipo de decisão tem que ser tomada no futuro.

Em entrevista à rádio BandNews, Meirelles repetiu que está trabalhando, no momento, para fazer a economia brasileira ter recuperação sustentada e que a decisão sobre 2018 tem de ser tomada apenas no futuro.

O ministro voltou a falar sobre a entrevista que deu à revista Veja na última semana, explicando que a pergunta que causou polêmica foi se ele tinha consciência de que é presidenciável. E disse que tem "total consciência disso", porque as pessoas o citam como tal.

Apesar de não assumir publicamente, Meirelles tem trabalhado nos bastidores para tentar se tornar candidato a presidente em 2018, quando termina o mandato de Michel Temer. O ministro, filiado ao PSD, já tem uma equipe com pessoas para orientá-lo e, entre outras tarefas, monitorar as repercussões sobre suas ações nas redes sociais de olho nas eleições, informou a Reuters no mês passado.

O ministro afirmou ainda que o Banco Central tem dado sinalizações claras que ainda há espaço para redução dos juros básicos devido à inflação baixa, mas repetiu que essa é uma decisão da autoridade monetária.

Hoje, a Selic está em 7,50 por cento ao ano, muito próxima da mínima história (7,25 por cento) em meio ao cenário de inflação baixa e recuperação fraca da economia depois de dois anos de recessão.

Pesquisa Focus do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou que o Top-5 (grupo que mais acerta as previsões) vê redução na taxa básica logo na primeira reunião de 2018 de 0,5 ponto percentual, levando a Selic a 6,5 por cento, patamar em que ficaria até o final do ano. Para 2017, a projeção segue em 7 por cento.

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