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Meirelles bota com uma mão e Temer tira com a outra, diz deputado

José Guimarães questionou a decisão do governo de liberar R$ 13 milhões para o desfile das escolas de samba do carnaval do Rio

José Guimarães: "Cada pedida no Palácio do Planalto é uma liberação, como pode ter ajuste fiscal?" (Pedro França/Agência Câmara/Agência Câmara)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de julho de 2017 às 19h37.

Brasília - O líder da Minoria na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), ironizou nesta quarta-feira, 26, a notícia de que o governo federal vai liberar R$ 13 milhões para o desfile das escolas de samba do carnaval do Rio de Janeiro.

"O Henrique Meirelles bota com uma mão e o Temer retira com a outra. Cada pedida no Palácio do Planalto é uma liberação, como pode ter ajuste fiscal? É por isso que o rombo está em R$ 139 bilhões. E o que é mais grave: o governo já está se preparando para pedir uma autorização legislativa para aumentar o déficit primário mesmo com a PEC do Teto. O Brasil está em uma encrenca fiscal de grandes proporções", afirmou.

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Diante da decisão da Prefeitura do Rio em reduzir em 50% os repasses ao desfile de 2018, o governo resolveu abrir os cofres.

Apesar do prefeito do Rio, Marcelo Crivella, ter cortado R$ 6,5 milhões, o presidente da Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liesa), Jorge Luiz Castanheira Alexandre, disse ontem a Temer que eram necessários R$ 13 milhões para garantir o carnaval do ano que vem e saiu do Palácio do Planalto com a garantia de que o aporte será feito.

"Eu nunca vi um governo para gastar tão mal. Se tem um governo que é o governo da gastança é esse. Liberar 13 milhões para o carnaval nessa crise que estamos vivendo? Vamos ter cautela, não pode ter uma gastança dessas proporções. Mais do que isso: e os outros Estados?, questionou Guimarães.

Como revelou a edição de hoje da Coluna do Estadão, os deputados Newton Cardoso Jr. (PMDB-MG) e Lúcio Mosquini (PMDB-RO) criticaram no grupo de WhatsApp da bancada a decisão de Temer de prometer os recursos para o carnaval do Rio, em meio à crise fiscal que o país vive e que levou o governo a aumentar os impostos sobre combustíveis.

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