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Medidas do Brasil terão custo fiscal e impacto limitado, diz Moody's

Governo anunciou medidas no valor de quase 150 bilhões de reais para atacar os efeitos econômicos do vírus

Moody's: impacto negativo no emprego e no crescimento permanece grave (Scott Eells/Bloomberg/Bloomberg)

Moody's: impacto negativo no emprego e no crescimento permanece grave (Scott Eells/Bloomberg/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 23 de março de 2020 às 11h56.

Haverá "algum custo fiscal" a partir das medidas econômicas e monetárias anunciadas pelo governo brasileiro nos últimos dias para mitigar os efeitos da crise do coronavírus, e as ações devem ter impacto limitado sobre investimento e consumo dada a demanda afetada por causa das medidas de contenção, avaliou nesta segunda-feira a agência de classificação de risco Moody's.

"Embora essas medidas atenuem parte do impacto na atividade econômica, o impacto negativo no emprego e no crescimento permanece grave", disse a Moody's, lembrando que o governo revisou na semana passada sua expectativa de crescimento para o PIB neste ano de 2,1% para praticamente zero.

O governo anunciou medidas no valor de quase 150 bilhões de reais para atacar os efeitos econômicos do vírus. Além disso, o Banco Central aprovou ações para melhorar a capacidade dos bancos de manter concessões de crédito.

"A capacidade do governo de fornecer uma resposta fiscal mais forte é limitada por seu déficit fiscal", acrescentou a agência, que projeta déficit nominal em torno de 7% do PIB em 2020.

Ainda assim, a Moody's disse que, até o momento, a resposta do governo se dá preservando o teto de gastos e mantém apoio à "ampla agenda de reformas fiscais e estruturais do Brasil".

A Moody's atribui rating "Ba2" para o Brasil --fora da faixa de investimento--, com perspectiva estável.

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