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Médicos brasileiros terão prioridade no SUS, diz Dilma

Presidente afirmou que o governo pretende valorizar os médicos brasileiros e que eles terão sempre prioridade para ocupar as vagas no Sistema Único de Saúde


	Segundo a presidente, hoje 700 municípios brasileiros não têm nenhum médico e 1.900 têm menos de um médico para cada três mil habitantes
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Segundo a presidente, hoje 700 municípios brasileiros não têm nenhum médico e 1.900 têm menos de um médico para cada três mil habitantes (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 23h14.

Salvador - A presidente Dilma Rousseff afirmou na noite desta quarta-feira, 24, em Salvador, que o governo pretende valorizar os médicos brasileiros e que eles terão sempre prioridade para ocupar as vagas no Sistema Único de Saúde (SUS). "Queremos um SUS gratuito, universal e de qualidade. E para isso são necessários recursos", afirmou. "Mas também é necessário que tenhamos o profissional médico", disse, ao citar que o quarto pacto proposto pelo governo é enfrentar a demanda pela saúde de mais qualidade.

Segundo a presidente, hoje 700 municípios brasileiros não têm nenhum médico e 1.900 têm menos de um médico para cada três mil habitantes. "Por isso nós queremos levar o profissional onde falta, que é na periferia das grandes cidades, no interior do País e notadamente no Norte e Nordeste", reforçou. Dilma comentou ainda o quinto dos cinco pontos propostos por ela, que é a realização "da tão falada reforma política, com consulta popular". "Nós queremos que o povo balize qual reforma política nós iremos fazer", afirmou. De acordo com a presidente, o PT tem o dever de liderar esse processo de mudanças, melhorar a representatividade e democratizar a política. "Tornar a política mais transparente é a resposta que podemos dar às manifestações", disse.

Ela afirmou que o PT precisa ter consciência de que criou "um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida" e que agora clamam por mais mudanças. "Melhoria de vida rima com reivindicação, isso faz parte do nosso projeto." Dilma disse perceber a tentativa de "alguns de interpretar a voz das ruas" como uma demonstração de que o País "pouco avançou nos últimos dez anos". "Devemos rejeitar a tese de que nada foi feito pelo País", afirmou, ressaltando que as manifestações não estão sendo "inauguradas" hoje. "Há 10 anos tratamos de fazê-las".

De acordo com a presidente, as manifestações não estão pedindo uma volta ao passado. "Eles exigiram avanços. Fizemos o mais urgente para momento em que vivíamos, agora somos cobrados a fazer mais", disse. "Somos capazes de fazer as mudanças e de aprofundá-las." Dilma participou do seminário "Participação Popular e Movimentos Sociais", em Salvador. O evento faz parte da série de seminários realizados pelo PT em comemoração aos dez anos do partido na presidência. O seminário na Bahia encerra o ciclo de palestras - Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Curitiba e Fortaleza receberam o evento.

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