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MEC diz que UnB teve aumento no orçamento

Ministério da Educação também decidiu suspender a reunião com representantes da Universidade de Brasília depois de depredação

UnB: MEC referiu-se à universidade como uma universidade "que está à frente em relação a recursos para investimento" (UnB Agência/Divulgação)

UnB: MEC referiu-se à universidade como uma universidade "que está à frente em relação a recursos para investimento" (UnB Agência/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2018 às 18h52.

Brasília - Em nota distribuída no início da noite desta terça-feira, 10, o Ministério da Educação informou que decidiu suspender a reunião com representantes da Universidade de Brasília (UnB) depois de "manifestantes encapuzados quebrarem janelas com paus e pedras e tentarem invadir o prédio sede do MEC".

O Ministério sustenta que o orçamento global da UnB aumentou de R$ 1,667 bilhão em 2017 para R$ 1,731 bilhão em 2018 e afirma que, até o início de abril, a universidade recebeu 60% dos recursos previstos para este ano.

"Não procede a informação que a instituição pode fechar nos próximos meses por falta de recursos" diz a nota, intitulada "A verdade sobre a UnB" e que usa uma linguagem dura para rechaçar os protestos de hoje de servidores e estudantes. "Os problemas enfrentados pela UnB são no âmbito da gestão interna da instituição", afirma o texto.

O novo ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, que tomou posse hoje, disse, depois da cerimônia, que "aceita negociar, mas sem agressividade". "A reitora (da UnB) não me procurou, nem ao ministro Mendonça", reclamou Silva, que assumiu a pasta no lugar de Mendonça Filho (DEM).

Na primeira nota divulgada sob sua gestão o MEC referiu-se à UnB como uma universidade "que está à frente em relação a recursos para investimento comparando, por exemplo, com os recursos para a Universidade Federal de Pernambuco e Universidade Federal do Paraná".

Também em nota distribuída há pouco, estudantes e funcionários terceirizados da universidade afirmam que irão "resistir". "Estamos vindo relatar a ocupação do FNDE após a dura repressão dos manifestantes pela polícia militar e batalhão de choque", diz o comunicado.

"Nos mobilizamos contra os cortes orçamentários anunciados pela reitoria da Unb: contra a demissão de 55% dos funcionários terceirizados, contra a proposta de aumento dos preços do Restaurante Universitário e contra o corte das bolsas de assistência estudantil e dos estagiários."

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