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MDB aprova nome de Simone Tebet para disputar a Presidência

A senadora também foi apoiada pela federação formada entre PSDB e Cidadania

Simone Tebet: senadora recebe apoio do próprio partido para as eleições (Walmir Barreto/Agência Senado)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de julho de 2022 às 17h03.

Última atualização em 27 de julho de 2022 às 17h21.

Depois de enfrentar resistência interna no MDB, a senadora Simone Tebet (MDB) recebeu nesta quarta-feira, 27, o aval do partido para disputar a Presidência da República.

Apoiada pela federação formada entre PSDB e Cidadania, a parlamentar tenta se colocar como alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida pelo Palácio do Planalto. Foram 262 votos a favor e nove contra. A convenção, realizada de forma virtual, foi boicotada pelos diretórios de Alagoas, estado do senador Renan Calheiros, e da Paraíba.

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Com 52 anos, Tebet vai disputar o Palácio do Planalto pela primeira vez. Antes de assumir uma cadeira no Senado em 2014, ela foi deputada estadual no Mato Grosso do Sul, de 2003 a 2005, prefeita de Três Lagoas (MS), de 2005 a 2010, e vice-governadora do estado, de 2011 a 2015. No ano passado, a parlamentar se destacou em seus discursos na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da covid, que investigou ações e omissões do governo na pandemia.

Em seu discurso inicial, a agora candidata ao Palácio do Planalto disse hoje que os alicerces democráticos do País estão abalados. Tebet citou a fome, a miséria, a desigualdade e o desemprego e, principalmente, a polarização política e o discurso de ódio.

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Apesar de ter o apoio do presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, Tebet enfrentou a resistência da ala do partido que prefere apoiar Lula no primeiro turno.

A avaliação desse grupo, liderado por Calheiros, é que uma candidatura pouco competitiva pode prejudicar os candidatos da sigla nos Estados e levar a uma redução da bancada de deputados federais no ano que vem. Atualmente, a legenda tem 37 assentos na Câmara. No levantamento mais recente do Datafolha, divulgado em 23 de junho, Tebet apareceu com 1% de intenção de voto.

O ex-presidente Michel Temer, por sua vez, defendeu a reforma trabalhista aprovada em 2017, durante seu governo, e pregou "pacificação nacional" e "tranquilidade institucional". "Nós precisamos ter coragem para defender as teses daquilo que fizemos no governo", declarou o emedebista, que assumiu o comando do País em 2016 com o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

Como mostrou o Broadcast Político ontem, com a hesitação do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) em ingressar na chapa do MDB à Presidência, a possibilidade de a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) concorrer como vice de Tebet voltou a ganhar força, mas a decisão ainda não foi tomada. O nome da parlamentar é visto como positivo porque seria um aceno ao eleitorado feminino, à Região Nordeste e ao público religioso, já que Eliziane é evangélica.

(Estadão Conteúdo)

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