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Mauro Cid presta depoimento ao STF após operação e pedido de suspensão de delação

Na terça-feira, Cid negou envolvimento no planejamento da tentativa de assassinato das autoridades

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestará depoimento ao STF nesta quinta-feira, 21 (Geraldo Magela/Agência Senado/Flickr)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 08h11.

O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestará depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira, 21, sobre a operação Contragolpe, que mira uma suposta organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado e os assassinatos do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF Alexandre de Moraes.

A convocação acontece a menos de dois dias do ex-ajudante de ordens prestar depoimento à PF. Na terça-feira, Cid negou envolvimento no planejamento da tentativa de assassinato das autoridades.

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Ao jornal O Globo, a defesa de Mauro Cid disse que ele está tranquilo e que a “ expectativa é boa para esclarecer bem o que a polícia pretende”.

Conforme mostrou a EXAME, os investigadores consideraram que o militar foi omisso e contraditório. As investigações indicam que Cid tinha conhecimento do plano e participou da articulação.

A nova fase da investigação acontece após a corporação recuperar dados apagados de aparelhos eletrônicos de Mauro Cid. Conforme reportagem divulgada pelo blog de Daniela Lima, do G1, as informações questionam a veracidade de sua colaboração premiada e levantam suspeitas de omissões relevantes.

Durante o depoimento de três horas, o tenente-coronel disse queter deletado arquivos de seu celular, mas alegou que não imaginou “que isso se tratava de alguma ilegalidade”.

No acordo de delação, Cid se comprometeua revelar todos os fatos e detalhes envolvendo a trama golpista.

Segundo relatório da PF,as mensagens apagadas tratam de um dos pontos mais importantes acerca da trama golpista, que foi o monitoramento do ministro Alexandre de Moraes.

Por essa razão, a PF defende que os benefícios concedidos ao tenente-coronel pelo acordo de delação devem ser anulados.

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