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Material sobre impeachment de Collor vai voltar ao Senado

Após receber críticas, José Sarney ordenou que as informações sobre o processo que derrubou o ex-presidente fiquem expostas no Túnel do Tempo da Casa

O presidente do Senado, José Sarney, determinou o retorno do painel sobre o impeachment  (José Cruz/ABr)

O presidente do Senado, José Sarney, determinou o retorno do painel sobre o impeachment (José Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 11h54.

Brasília – O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), determinou o retorno, à galeria do Túnel do Tempo, do painel relativo ao impeachment do então presidente Fernando Collor, processo que ocorreu em 1992. O painel fazia parte da galeria antes da revitalização. Ontem (1º), o espaço foi reinaugurado, mas sem o material que conta a história do impeachment de Collor, hoje senador.

A exposição, composta por 16 painéis, conta a história legislativa do Senado desde a sua instalação, em 1826, até os dias atuais. A Casa afirmou que a mostra se restringia ao trabalho legislativo do Congresso Nacional, como a aprovação de leis, e que o trecho sobre o impeachment havia sido retirado por opção dos historiadores responsáveis pelo espaço.

Hoje (31), a assessoria de imprensa do Senado divulgou nota em que informa o retorno do painel à exposição e isenta José Sarney de responsabilidade pelo caso. “O presidente do Senado Federal, senador José Sarney, esclarece que não foi o autor, nem o curador da exposição – feita por organismo especializado da Casa – e que determinou a inclusão do episódio do impeachment do presidente Fernando Collor na linha de eventos, na referida mostra”, diz a nota.

Eleito presidente aos 40 anos de idade e, portanto, o político mais jovem a ocupar a Presidência da República, Collor sofreu processo de impugnação de seu mandato depois de denúncias de corrupção, feitas por seu irmão Pedro Collor de Mello. As denúncias envolviam o tesoureiro de campanha de Collor, Paulo César Farias, e deflagaram a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Corrupção. A CPI investigou a participação de PC Farias, empresário e amigo pessoal de Collor, em casos de corrupção, envolvendo recursos públicos e também dinheiro de caixa dois de campanha.

Com o impeachment, ele ficou inelegível por oito anos, até dezembro de 2000. Candidatou-se ao governo de Alagoas em 2002, perdendo para Ronaldo Lessa, e foi eleito senador em 2007. Collor tentou a eleição para governador de Alagoas uma vez mais em 2010. Como perdeu as eleições, permaneceu no Senado, onde tem mandato até 2015.

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