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Marun diz que Temer "não será" denunciado pelo inquérito dos Portos

A expectativa é de que a procuradora Raquel Dodge pode denunciar Temer no inquérito dos Portos antes da eleição de outubro

Michel Temer: ministro da Secretaria de Governo disse que "não cogita" a possibilidade de o presidente ser novamente denunciado por conta do inquérito dos Portos (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de março de 2018 às 17h23.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse que "não cogita" a possibilidade de o presidente Michel Temer ser novamente denunciado por conta do inquérito dos Portos. "Não acontecerá uma nova denúncia, não. Nós não trabalhamos com essa hipótese. E nem cogitamos essa possibilidade", declarou. "Até porque, eu repito, o decreto dos portos não beneficia a Rodrimar", completou.

Apesar das declarações de Marun, a Coluna do Estadão revelou que interlocutores do presidente Michel Temer já trabalham com a informação de que ele será denunciado pela terceira vez pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e começam a preparar o campo político para tentar impedir que a Câmara autorize abertura de processo contra ele no Supremo.

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Na noite de terça-feira, 20, as conversas sobre o assunto se intensificaram entre advogados e ministros. A expectativa é de que a procuradora Raquel Dodge pode denunciar Temer no inquérito dos Portos antes da eleição de outubro, o que contaminará o período eleitoral. O Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, confirmou com um auxiliar do presidente que há sim este receio no Palácio.

Marun repetiu que o inquérito dos portos "é a investigação do assassinato de alguém que não morreu. É uma busca de pelo em ovo".

Silêncio

Marun não quis comentar o bate-boca de ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) entre os ministros Gilmar Mendes e Luis Roberto Barroso. "Nada tenho a comentar". O ministro confirmou que continua decidido a apresentar um pedido de impeachment contra Barroso e afirmou que, "pelas conversas que teve", seu afastamento do ministério para apresentar a denúncia como parlamentar "será temporário".

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