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Mariz afirma que Temer está 'muito aborrecido'

Temer está "muito aborrecido" e "constrangido" com prisões dos seus amigos, o empresário José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho

Presidente Michel Temer (Paulo Whitaker/Reuters)

Presidente Michel Temer (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de março de 2018 às 10h00.

São Paulo - Após um almoço na sexta-feira, 30, com o presidente Michel Temer, seu advogado Antônio Cláudio Mariz de Oliveira disse que o Temer está "muito aborrecido" e "constrangido" com prisões dos seus amigos, o empresário José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho, e do ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi, na quinta.

"Um verdadeiro processo kafkiano. O presidente está muito aborrecido com as prisões, constrangido, solidário a eles todos, homens de idade", disse Mariz, após almoço no Palácio da Alvorada. O encontro ocorreu um dia depois de o presidente ter seus amigos próximos presos.

O criminalista nega, contudo, que tenha conversado com o presidente sobre uma possível estratégia para se blindar da Operação Skala, que na quinta prendeu Rossi, Yunes e o coronel Lima. Aliados temem que a operação seja um prenúncio de uma terceira denúncia. "O presidente não foi atingido pela operação, logo não há porque peticionarmos nos autos", afirmou.

O advogado criticou a Procuradoria, a polícia e a magistratura, como um todo, que, segundo diz, estariam sempre mobilizados para "dar a impressão" de que Temer é alvo das investigações. "Há uma grande estupefação por parte do presidente, de minha parte e de toda a equipe em face dessa insistência, dessa obstinação em querer imputar a ele a prática de um crime", concluiu.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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