Marina: ela informou que pretende destinar 10% da receita bruta do governo para a saúde (Nacho Doce/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2014 às 19h19.
São Paulo - A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, defendeu hoje (3) a ampliação da formação de médicos para garantir o atendimento à população. No contexto de falta de profissionais, neste momento de crise, o Programa Mais Médicos possibilita assistência imediata aos que precisam, disse Marina.
Em entrevista após palestra na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), a candidata criticou "a negligência" praticada por governos sucessivos, por não formarem no Brasil médicos em número suficiente para o atendimento de sua população.
Marina recebeu de alunos e professores e de representantes da Associação Médica Brasileira sugestões para seu programa de governo.
A ex-senadora informou que pretende destinar 10% da receita bruta do governo para a área.
“Se tivermos o Brasil voltando a crescer, com certeza, teremos o dinheiro para fazer todos esses esforços”, disse a candidata, ao explicar como conseguiria os recursos para investir, principalmente em atenção básica. “
Quando esse atendimento funciona, boa parte das mazelas são resolvidas e não são agravadas." Além disso, acrescentou, é preciso ampliar a infraestrutura de atendimento.
“Temos um grave problema, que é a questão dos leitos [hospitalares]. A cada ano se perdem milhares de leitos.”
Marina Silva falou também sobre a seca, que ameaça o abastecimento de água em São Paulo.
“São Paulo era um exemplo no que se refere à luta dos comitês de bacia. Infelizmente, isso foi desconstruído”, lamentou.
Para ela, a gestão da água é um dos problemas do desabastecimento e há necessidade muitas ações para recuperar nascentes e matas ciliares.
Outro assunto abordado no encontro na USP foi a perda de cobertura florestal na Amazônia, que Marina aponta como um dos possíveis fatores dos problemas climáticos enfrentados no resto do país.
“Há uma suspeita de que essas estiagens no Sul e no Sudeste já são em função do desmatamento da Amazônia”, disse ela.