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Marina precisa mostrar os caminhos para o nirvana, diz Aécio

Tucano voltou a se colocar como o candidato da mudança segura

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, cumprimenta uma apoiadora durante um ato em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

Candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, cumprimenta uma apoiadora durante um ato em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2014 às 17h54.

São Paulo - Aécio Neves (PSDB) voltou a se colocar como o candidato da mudança segura e criticou a presidente Dilma Rousseff (PT), por ter perdido todas condições de governabilidade, e Marina Silva (PSB), porque ainda não mostrou ao país "os caminhos para o nirvana".

"De um lado eu vejo uma candidata, a atual presidente, que perdeu as condições de governabilidade, pelo conjunto da obra, pelo conjunto dos equívocos acumulados ao longo desses anos", disse Aécio nesta sexta-feira, em visita ao Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo, na capital paulista.

"Do outro lado uma candidata que ainda não definiu as condições de governabilidade, por não ter ainda apresentado os caminhos que nos levarão ao nirvana, a esse mundo sonhado por todos nós", disse.

O tucano afirmou ser contrário a qualquer tipo de ataque pessoal nas campanhas e se manifestou solidário a Marina “em relação a essas críticas pessoais que têm sido feitas a ela”.

Aécio, no entanto, não deixou de disparar contra Marina, dizendo que a candidata do PSB “não quer o debate... se ofende simplesmente com a lembrança de que ela militou por mais de 20 anos no PT, o mesmo partido que ela acusa de fazer a velha política”.

O tucano também mirou o PT, afirmando que o partido permitiu que a Petrobras "fosse instrumento de uma ação criminosa, segundo a PF", numa referência ao suposto esquema de corrupção envolvendo políticos e partidos da base aliada, revelado em depoimento do ex-diretor Paulo Roberto Costa. Para o candidato do PSDB, o PT foi “absolutamente leniente com as estruturas que se montaram no Estado brasileiro”.

Ao responder a pergunta sobre a estratégia de ataques nas campanhas de suas adversárias, o senador mineiro disse buscar "debater propostas", mesmo depois de comentários críticos.

"Elas que briguem entre elas, eu estou fora dessa briga", disse. "Eu vou continuar fazendo isso, debatendo o Brasil e mostrando que nós temos o projeto mais consistente para fazer a mudança."

O candidato tucano ainda repercutiu um comentário do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que na quinta-feira o chamou de amigo, referindo-se a ele como "companheiro Aécio".

"O Lula era um bom reserva da lateral-esquerda do meu time quando nós éramos deputados lá em Brasília, e olha que eu botava ele para jogar quase sempre", disse.

"Depois, quando presidente da República tivemos uma relação institucional correta, republicana, eu não trato os meus adversários como inimigos, fico feliz que o presidente Lula, diferente do que disse em outras ocasiões, vem nessa mesma direção", disse.

"Eu vou aqui lembrar meu velho avô Tancredo (Neves): nós temos que fazer com que as ideias é que briguem, não as pessoas. É um bom gesto do presidente, mas não muda absolutamente nada na minha determinação de não apenas encerrar esse ciclo do PT, mas colocar no lugar um que funcione", afirmou.

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