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"Condomínio do Alckmin é o que era da Dilma", diz Marina, atacando Centrão

A menos de duas semanas da convenção nacional que confirmará seu nome na disputa, ela ainda não confirmou nenhum partido em sua coligação

Marina Silva: "Fizeram (os partidos do Centrão) um serviço junto com a Dilma e o Temer e agora já encontraram um novo condomínio para chamar de seu" (Adriano Machado/Reuters)

Marina Silva: "Fizeram (os partidos do Centrão) um serviço junto com a Dilma e o Temer e agora já encontraram um novo condomínio para chamar de seu" (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de julho de 2018 às 18h57.

Última atualização em 23 de julho de 2018 às 19h22.

Piracicaba - A pré-candidata da Rede, Marina Silva, atacou nesta segunda-feira, 23, mais uma vez o Centrão, que fechou com o tucano Geraldo Alckmin, na semana passada.

"O condomínio do Alckmin é agora o condomínio que era da Dilma em 2014", disse Marina, em um evento com cerca de 30 filiados da Rede em Piracicaba. Há dez dias, a presidenciável chamou o Centrão de "atravessador de sonhos".

Com o bloco de partidos do DEM, PRB, Solidariedade e PP, o ex-governador de São Paulo terá grande parte da fatia da propaganda de rádio e TV nas eleições. A ex-ministra do Meio Ambiente lembrou ainda que, em 2014, Dilma tinha cerca de 2 minutos a mais que Alckmin deve ter hoje, mas que a propaganda eleitoral na época durava 30 minutos e hoje apenas 20.

"Fizeram (os partidos do Centrão) um serviço junto com a Dilma e o Temer e agora já encontraram um novo condomínio para chamar de seu", concluiu Marina.

Depois de perder o eventual apoio do Centrão, aliados de Ciro Gomes (PDT) o teriam aconselhado a procurar a ex-senadora, segundo noticiou a coluna Painel neste fim de semana. Questionada sobre a aproximação, a pré-candidata disse que a relação entre os dois é de "respeito e diálogo" e lembrou que fizeram "um excelente trabalho juntos" na gestão de Lula - ela no Meio Ambiente e ele, ministro do Trabalho.

"Não tem porque não conversar hoje. Temos conversado. O que não significa que alguém tenha que desistir dos seus projetos. O que nós temos é a disposição de ter respeito. Pelo menos a forma como cada um quer contribuir nesse primeiro turno", disse a presidenciável.

Alianças

A menos de duas semanas da convenção nacional que confirmará seu nome na disputa, Marina ainda não confirmou nenhum partido em sua coligação. Quando questionada, ela lembrou que ainda há tempo até o registro das candidaturas no TSE e que portanto ainda está negociando. Voltou a repetir um bordão, para caso não haja mais legendas dispostas a embarcar na sua candidatura: "Temos excelente prata da casa, ouro da casa".

Os nomes do deputado federal Miro Teixeira (RJ) e do ex-presidente do Flamengo Bandeira de Mello têm sido cotados para compor chapa.

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