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Marina critica Dilma e promete esforço pela economia

Candidata prometeu que, se eleita, seu esforço será pela estabilização da economia do país

Beto Albuquerque e Marina Silva após reunião do PSB que definiu a nova chapa presidencial (Valter Campanato/Agência Brasil)

Beto Albuquerque e Marina Silva após reunião do PSB que definiu a nova chapa presidencial (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 23h22.

Brasília - A nova candidata do PSB à Presidência, Marina Silva, criticou a presidente Dilma Rousseff pela crise no setor energético e prometeu que, se eleita, seu esforço será pela estabilização da economia do país.

"Sabemos que os investimentos têm que acontecer no nosso país e isso vai acontecer quando tivermos uma nova base política que dê credibilidade para os investimentos", disse Marina em sua primeira entrevista coletiva depois de o PSB formalizar sua candidatura à Presidência.

"Poderemos combinar os instrumentos da macroeconomia com a microeconomia para que o Brasil possa voltar à estabilidade econômica, esse será o nosso esforço", acrescentou a ex-senadora, que substituiu Eduardo Campos, morto num acidente aéreo na semana passada, como cabeça de chapa do PSB.

Marina reafirmou também o compromisso com o sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e autonomia do Banco Central, lembrando que já defendia essas posições em 2010, quando foi candidata à Presidência pelo PV e teve quase 20 milhões de votos.

A candidata também repetiu o compromisso com as reformas anunciadas por Campos, como a tributária, e mostrou confiança de que poderão ser realizadas com o apoio da sociedade brasileira.

Ela defendeu as conquistas alcançadas pelo país com os governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB) --controle da inflação-- e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) --redução das desigualdades sociais--, mas foi bastante dura ao criticar Dilma, lembrando que Campos dizia que a presidente vai entregar um país pior do que recebeu.

E partiu para o ataque contra a petista, que busca a reeleição, quando falou sobre a crise do setor energético.

"É lamentável que tenhamos desde 2002 a ameaça de apagão. Eu digo lamentável porque nós temos há 12 anos a mesma pessoa à frente da política energética do nosso país, inicialmente como ministra (de Minas e Energia), depois como chefe da Casa Civil e agora como presidente da República", disparou.

Marina disse que irá resolver o problema de "forma estrutural" e defendeu um maior uso de energias alternativas, mas admitiu que tudo isso não é algo "que se faça da noite para o dia".

Pesquisa Datafolha divulgada na madrugada de segunda-feira mostrou no cenário de primeiro turno Dilma com 36 por cento das intenções de voto, seguida por Marina com 21 por cento e Aécio Neves, candidato do PSDB, com 20 por cento. A margem de erro da sondagem é de 2 pontos percentuais.

Em simulação de um eventual segundo turno com a presidente Dilma, Marina apareceu na pesquisa com 47 por cento contra 43 por cento da petista.

Na entrevista, Marina falou ainda de um assunto sensível para ela, ambientalista conhecida por suas posições firmes. Questionada se faria mudanças no novo Código Florestal, a candidata defendeu sua implementação.

Mas lembrou que as leis que não são cláusulas pétreas e estão sujeitas a alterações.

"Nesse momento nosso compromisso é de implementar (o código), que infelizmente não está sendo implementado."

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