Bolsonaro: o cenário sem o ex-presidente Lula é favorável para o deputado (Leonardo Benassatto/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2018 às 05h05.
Última atualização em 16 de abril de 2018 às 07h01.
Marina cola em Bolsonaro
A primeira pesquisa de intenção de votos após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda mostra um cenário em aberto sobre os efeitos de uma eventual saída do petista das eleições 2018. Segundo a sondagem feita pelo Datafolha, Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT) são os presidenciáveis que mais ganham se Lula não participar do pleito. Mas, faltando menos de seis meses para a votação, a disputa ainda permanece embolada — até porque o PT insiste que o ex-presidente segue no páreo mesmo atrás das grades. Nos cenários em que Lula aparece fora da disputa, Marina e o deputado Jair Bolsonaro ficam tecnicamente empatados — ele com 17% das intenções de voto, e ela com 15% ou 16%. Já Ciro Gomes fica com 9% das intenções de voto. Tecnicamente empatado portanto como ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (filiado ao PSB e potencial presidenciável), que tem entre 9% e 10% das declarações de apoio, e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, cujas intenções de voto variam de 7% a 8%. A pesquisa também mostra, por outro lado, que a prisão impacta o próprio desempenho do ex-presidente Lula nas intenções de voto. Em janeiro, ele tinha 37% das declarações de apoio. Hoje, pontua no máximo 31%.
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PT: Lula será candidato
O Partido dos Trabalhadores (PT) divulgou uma nota criticando o resultado da pesquisa Datafolha, divulgada na madrugada deste domingo com as intenções de voto à Presidência. Em comunicado, diz que houve uma “manobra” entre os cenários expostos e reitera que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o candidato do partido independentemente de sua prisão. “Para o PT, a definição de candidatura para as eleições de outubro de 2018 está clara: Lula será o nosso candidato aconteça o que acontecer”, enfatiza o PT, ao justificar a manutenção das vigílias instaladas em Curitiba (PR) que pedem a liberdade do petista. “Ainda assim, dos nove cenários estudados, o instituto de pesquisas realizou seis deles sem o ex-presidente. A manobra para tentar criar um imaginário em que Lula não esteja no pleito esbarra numa questão fundamental: a preferência popular”, avalia o partido.
Doria lidera em São Paulo
O ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) lidera a corrida eleitoral ao governo de São Paulo, segundo pesquisa do instituto Datafolha divulgada na madrugada desta segunda-feira. Doria tem 29% das intenções de voto, à frente do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), com 20%; do governador de São Paulo, Márcio França (PSB), com 8%; e do ex-prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho (PT), com 7%. Doria e Skaf também lideram em rejeição: 34% dos eleitores afirmaram que não votariam “de jeito nenhum” no presiente da Fiesp e 33% no ex-prefeito de São Paulo. Marinho tem 27% e França, 22%. Na capital, a rejeição a Doria chega a 49% do eleitorado.
Embargo ao frango derruba preços
Para evitar que uma superoferta de frango no mercado nacional derrube ainda mais o preço do produto, as empresas do setor se preparam para dar férias coletivas em diversas de suas plantas, reorganizar a cadeia de produção e repassar centenas de ovos, que seriam fecundados, para o comércio e para a indústria. Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF dará férias coletivas de 30 dias aos funcionários da linha de abate de aves da planta de Rio Verde (GO) e a todos os que atuam na linha de produção de Carambeí (PR), a partir de maio. As unidades de Mineiros (GO) e de Capinzal (SC) também sofreram ajustes. A Aurora anunciou férias coletivas em uma unidade de Santa Catarina, em junho. Com mais frango no mercado nacional, o preço do produto resfriado vendido no atacado caiu 17% no Estado de São Paulo desde novembro, aponta o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
14 bilhões a menos
A escalada dos preços da energia elétrica e da gasolina, acima da inflação, tem corroído o orçamento das famílias brasileiras, apesar do aumento da massa salarial. De janeiro de 2015 para cá, o porcentual de renda disponível – depois do pagamento de despesas essenciais – caiu quase dois pontos porcentuais, de 45,6% para 43,76%. É o menor patamar desde 2009. Isso significa que o brasileiro poderia estar consumindo, a mais, algo em torno de R$ 14,5 bilhões.