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Marina acusa Dilma de semear "medo" para permanecer no poder

Afirmação da candidata foi uma reação a um anúncio da campanha de Dilma, que compara Marina à Collor e Jânio Quadros


	Marina Silva (PSB): "a pior forma de fazer política é através do medo"
 (Reuters/Paulo Whitaker)

Marina Silva (PSB): "a pior forma de fazer política é através do medo" (Reuters/Paulo Whitaker)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2014 às 15h40.

Brasília - A candidata à presidência pelo PSB, Marina Silva, acusou nesta quarta-feira, durante sabatina ao vivo realizada pelo portal "G1", a candidata do PT a um segundo mandato, Dilma Rousseff, de tentar semear o "medo" para permanecer no poder.

"A pior forma de fazer política é através do medo. Prefiro fazer política mediante a esperança e a confiança", afirmou Marina.

A afirmação da candidata foi uma reação a um anúncio da campanha de Dilma, segundo o qual Marina pode terminar como Fernando Collor e Jânio Quadros se chegasse ao poder.

"Duas vezes em sua história o Brasil elegeu salvadores da pátria, chefes do partido do "eu sozinho"", disse o anúncio de campanha na televisão.

A propaganda mostrou imagens dos ex-presidentes Jânio, que renunciou em 1961, o que desembocou em uma crise que culminou no golpe de 1964, e Collor, que renunciou em 1992 em meio a acusações de corrupção.

Tanto Quadros como Collor chegaram ao poder com discursos contra a "velha política" e se opondo aos partidos tradicionais, assim como faz Marina Silva.

Silva lembrou hoje que, nas eleições de 2002, quando Lula saiu vencedor, seus adversários também tentaram "colocar medo" no eleitorado.

"Nessas eleições a esperança venceu ao medo. A população acredita e confia nisso. A sociedade, quando faziam terrorismo contra Lula, repetia essa frase: a esperança venceu ao medo", disse Marina.

"Infelizmente, quem está querendo ressuscitar o medo agora é a presidente Dilma", acusou a ex-ministra do Meio Ambiente.

Na entrevista a G1, Marina Silva reiterou que, caso vença as eleições, enviará ao Congresso um projeto de lei para acabar com a reeleição e aumentar o mandato do chefe de Estado de quatro para cinco anos.

"Acabar com a reeleição será uma grande contribuição ao país. Assumo o compromisso de quatro anos de mandato. Cumprirei esse período e o próximo terá cinco anos", garantiu.

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