Brasil

Marginal Pinheiros estreia faixa de ônibus nesta segunda

Ela faz parte de um pacote, anunciado na última semana, que prevê que a cidade tenha 220 quilômetros de faixas exclusivas até o final deste ano


	Margina Pinheiros: as faixas vão funcionar apenas nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h, sempre de segunda a sexta-feira
 (Abr)

Margina Pinheiros: as faixas vão funcionar apenas nos horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 20h, sempre de segunda a sexta-feira (Abr)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2013 às 09h03.

São Paulo - O prefeito Fernando Haddad (PT) inaugura às 8h desta segunda-feira, 01, a prometida faixa exclusiva para ônibus na Marginal do Pinheiros, que será a maior da cidade, com 21 quilômetros de extensão, quando estiver totalmente concluída. Ela faz parte de um pacote, anunciado na última semana, que prevê que a cidade tenha 220 quilômetros de faixas exclusivas até o final deste ano.

O trecho aberto hoje é na Avenida das Nações Unidas, no trecho entre a Rua Professor Leme da Fonseca e a Avenida Interlagos, na pista sentido Interlagos.

Ele tem 3,6 quilômetros. No sentido oposto, em direção da Rodovia Castelo Branco, a faixa é entre as Avenidas Interlagos e Mário Lopes Leão, medindo 4,2 quilômetros de extensão.

Essas faixas vão funcionar apenas nos horários de pico: das 6h às 9h e das 17h às 20h, sempre de segunda a sexta-feira. A previsão da Companhia de Engenharia de Tráfego é que, em breve, a faixa se estenda por toda a pista local da Marginal do Pinheiros, nos dois sentidos.

Por enquanto, não haverá cobrança de multa para os motoristas que não respeitarem a exclusividade das faixas para os ônibus - a Prefeitura trata o momento como uma fase educativa, para que a população "se acostume" com a faixa.

Em data a ser definida, a multa será de R$ 53,20, e o motorista terá três pontos anotados em seu prontuário da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Estratégia

As faixas exclusivas são a aposta mais barata e de rápida implementação feita pela gestão Haddad para melhorar o serviço dos ônibus. O raciocínio é que, dando mais espaço para os coletivos circularem, a velocidade média deles vai aumentar.


E, com os ônibus chegando mais rápido aos pontos, é como se oferta de coletivos aumentasse, o que reduz a superlotação deles. Há ainda a estimativa de redução dos custos operacionais, movimento relevante no momento em que a tentativa de aumento das tarifas foi barrada pelos protestos organizados pelo Movimento Passe Livre (MPL).

O aspecto negativo das faixas é que elas retiram espaço de circulação para os carros - o que, em tese, aumenta o tamanho dos congestionamentos.

Embate

Prevendo eventual repercussão negativa na disputa por espaço entre os carros e os ônibus, o prefeito Haddad declarou anteontem, em visita a uma escola de São Miguel Paulista, extremo leste da cidade, que a população deve "brigar" pelo transporte coletivo.

"As pessoas vão chegar mais cedo em casa (com as faixas exclusivas). Nessa hora de embate entre o carro e o ônibus eu espero que vocês estejam na rua para defender o transporte, porque a decisão vai ser tomada em favor do transporte público", disse o prefeito.

Antes dos protestos de rua na cidade, a Prefeitura tinha uma meta de fazer 150 quilômetros de faixas exclusivas até dezembro. Na semana passada, o prefeito aumentou a meta para os atuais 220 quilômetros.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaismobilidade-urbanaÔnibussao-pauloTrânsitoTransporte públicoTransportes

Mais de Brasil

STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira

Três pessoas morrem soterradas em Taubaté, no interior de São Paulo

Governadores do Sudeste e Sul pedem revogação de decreto de Lula que regula uso de força policial

Pacote fiscal: Lula sanciona mudanças no BPC com dois vetos