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Marcelo Castro encerra discurso sem citar Dilma ou Temer

Em defesa da Câmara como instituição, Castro afirmou que iria dialogar com todos os partidos

O ministro da Saúde, Marcelo Castro (José Cruz/Agência Brasil)

O ministro da Saúde, Marcelo Castro (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 21h24.

Brasília - O principal candidato do PMDB à presidência da Câmara dos Deputados, Marcelo Castro (PI), preferiu não tratar da disputa entre Dilma Rousseff e Michel Temer em seu discurso. O deputado foi ministro de Dilma e é visto pela oposição como uma reação a Temer, sendo o candidato favorito do PT.

Em defesa da Câmara como instituição, Castro afirmou que iria dialogar com todos os partidos. "Nenhum partido, nenhuma pessoa será discriminada, será excluída. Não tomarei nenhuma decisão arbitrária ou personalística", afirmou.

O deputado também falou sobre a importância da Câmara se recompor diante da sociedade. "Precisamos vestir aqui, humildemente, as sandálias da humildade. Precisamos conquistar a confiança, o respeito da sociedade, para que a sociedade brasileira não nos envergonhe em manifestações populares com aquelas plaquetas 'vocês não nos representam'", disse.

Carlos Manato

Em discurso performático, o deputado Carlos Manato (SD-ES) rasgou o texto preparado por sua assessoria e disse que, em sua plataforma de campanha, defende que deputados trabalhem de segunda a sexta-feira. "Eu vim propor a vocês uma coisa diferente. Que segunda-feira, quinta-feira a tarde, sexta-feira à tarde, eu venha trabalhar. Eu vou receber o povo", disse.

O Solidariedade não reconhece Manato como candidato do partido e ele conta apenas com seu próprio apoio. O deputado disse, aos gritos, que a votação é secreta, e que todos podem votar à vontade em quem quiser, sem precisar prestar contas aos líderes de bancada depois.

Fábio Ramalho

Candidato alternativo do PMDB, o deputado Fábio Ramalho (MG) criticou em seu discurso o que chamou de "interferência" do Supremo Tribunal Federal (STF) no Legislativo.

"Não podemos considerar normal que o Judiciário interfira tanto no Congresso como vimos acontecer ultimamente. Não podemos mais aceitar que apenas os líderes partidários decidam os rumos dessa Casa", protestou o deputado.

Além de Ramalho, o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI), que foi escolhido pela maioria da bancada, também está na disputa.

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