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Marcelo Bretas marca interrogatório de Cabral para o dia 24

O ex-governador será o último a ser ouvido entre os 13 réus da ação penal que investiga esquema de corrupção que seria liderado por ele

Sérgio Cabral: o ex-governador foi o último a ser ouvido porque uma das suas testemunhas, Eunício de Oliveira (PMDB), ainda não respondeu questões encaminhadas pela defesa (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de maio de 2017 às 15h41.

Rio - O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu marcar para o próximo dia 24, às 13h, o interrogatório do ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) no âmbito da Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato no Rio.

Cabral será o último ser ouvido entre os 13 réus da ação penal que investiga esquema de corrupção que seria liderado pelo ex-governador do Rio. São apurados desvios de recursos de obras públicas durante o mandato do peemedebista.

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Bretas afirmou ainda que a sentença da Operação Calicute pode sair até julho.

"Após a fase de interrogatórios, que termina na semana que vem, as partes podem ainda apresentar requerimentos, como a convocação de outras testemunhas", afirmou a jornalistas após audiência.

Segundo o magistrado, o prazo para fazer esses pedidos é de cinco dias.

Cabral foi o último a ser ouvido porque uma das suas testemunhas, o presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB), ainda não respondeu questões encaminhadas pela defesa do ex-governador.

O senador foi internado em abril após sofrer um desmaio. Entre as perguntas,

Oliveira foi arrolado como testemunha de defesa de Cabral, mas pediu que as questões fossem encaminhadas por escrito. Entre as perguntas os advogados questionam se o senador sabe se uma doação de R$ 2 milhões estaria vinculada a contrapartida de obras.

As perguntas foram enviadas há mais de um mês. "Não posso postergar o processo indefinidamente em se tratando de ter pessoas presas", disse o juiz, acrescentando não ver prejuízo à defesa de Cabral.

"É papel do juiz cuidar para que o processo não tenha delonga. Não vejo relação de prejudicialidade que impeça julgar Cabral somado ao fato de estarmos esperando há um mês (as respostas)", afirmou.

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