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Mara Gabrili pede que Bumlai esclareça morte de Celso Daniel

O empresário está presente na sessão desta tarde da CPI, após ser convocado por membros da comissão

Bumlai na CPI do BNDES: o empresário está presente na sessão desta tarde da CPI, após ser convocado por membros da comissão (Valter Campanato/ Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 16h54.

Brasília - Mesmo não sendo integrante do colegiado, a deputada federal Mara Gabrili ( PSDB -SP) fez um longo discurso na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) nesta terça-feira, 1, pedindo que o pecuarista José Carlos Bumlai ajude a esclarecer a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2012.

O empresário está presente na sessão desta tarde da CPI, após ser convocado por membros da comissão.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério, afirmou que, a pedido do ex-presidente Lula, Bumlai teria intermediado empréstimo de R$ 6 bilhões com o Banco Schahin.

Segundo Valério, o dinheiro teria sido repassado ao empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André, para que ele parasse de chantagear Lula e os ex-ministros Gilberto Carvalho e José Dirceu.

Por trás das ameaças estaria a morte de Celso Daniel. O operador, contudo, disse que se recusou a interferir no caso.

Em sua fala, Mara Gabrili contou que seu pai, que era empresário do ramo de transportes em Sandro André, também foi ameaçado por Ronan Maria Pinto.

"Queria dividir quem é Ronan Maria Pinto. Esse cara é dissimulado, criminoso e covarde", afirmou a parlamentar.

De acordo com a tucana, o empresário utiliza-se de seu jornal, o Diário do Grande ABC, para chantagear empresários da região.

"Ele detona a pessoa no jornal e depois chama e pede dinheiro para parar de criticar", contou. Segundo a parlamentar, Ronan Maria Pinto chegava "truculentamente", jogava a arma em cima da mesa e pedia dinheiro a seu pai.

"Meu pai passou 10 anos doente por conta dele. Isso custou a vida do meu pai, a vida da minha família", disse.

Mara Gabrili diz que chegou a procurar o ex-presidente Lula para relatar o que estava acontecendo, mas o petista teve "a cara de pau" de falar que não conhecia Ronan.

"Essa foi a resposta que ouvi da pessoa que achava que poderia melhorar a situação em Santo André", disse.

Em sua fala, a deputada acusou Ronan de ser "a pessoa que liga o caso Celso Daniel" aos casos de corrupção da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.

"Ele (Ronan) recebeu dinheiro do petrolão que passou pelas suas mãos para calar a boca, porque tinha informação de quem assassinou Celso Daniel", disse.

Mara destacou que seu discurso era "um apelo" para que Bumlai ajudasse a esclarecer o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, para que o caso não fique "impune".

Bumlai permaneceu calado. Oficialmente, a polícia concluiu que Celso Daniel foi vítima de "criminosos comuns", mas o Ministério Público sustenta que ele foi eliminado a mando do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.

Segundo o MP, o crime foi motivado pelo fato de o ex-prefeito ter decidido dar um basta em amplo esquema de corrupção em sua administração depois que constatou que o dinheiro desviado não abastecia exclusivamente o caixa 2 do PT, mas estava sendo usado para enriquecimento de algumas pessoas.

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Brasília - Mesmo não sendo integrante do colegiado, a deputada federal Mara Gabrili ( PSDB -SP) fez um longo discurso na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social ( BNDES ) nesta terça-feira, 1, pedindo que o pecuarista José Carlos Bumlai ajude a esclarecer a morte do ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2012.

O empresário está presente na sessão desta tarde da CPI, após ser convocado por membros da comissão.

Em depoimento ao Ministério Público Federal, o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério, afirmou que, a pedido do ex-presidente Lula, Bumlai teria intermediado empréstimo de R$ 6 bilhões com o Banco Schahin.

Segundo Valério, o dinheiro teria sido repassado ao empresário Ronan Maria Pinto, de Santo André, para que ele parasse de chantagear Lula e os ex-ministros Gilberto Carvalho e José Dirceu.

Por trás das ameaças estaria a morte de Celso Daniel. O operador, contudo, disse que se recusou a interferir no caso.

Em sua fala, Mara Gabrili contou que seu pai, que era empresário do ramo de transportes em Sandro André, também foi ameaçado por Ronan Maria Pinto.

"Queria dividir quem é Ronan Maria Pinto. Esse cara é dissimulado, criminoso e covarde", afirmou a parlamentar.

De acordo com a tucana, o empresário utiliza-se de seu jornal, o Diário do Grande ABC, para chantagear empresários da região.

"Ele detona a pessoa no jornal e depois chama e pede dinheiro para parar de criticar", contou. Segundo a parlamentar, Ronan Maria Pinto chegava "truculentamente", jogava a arma em cima da mesa e pedia dinheiro a seu pai.

"Meu pai passou 10 anos doente por conta dele. Isso custou a vida do meu pai, a vida da minha família", disse.

Mara Gabrili diz que chegou a procurar o ex-presidente Lula para relatar o que estava acontecendo, mas o petista teve "a cara de pau" de falar que não conhecia Ronan.

"Essa foi a resposta que ouvi da pessoa que achava que poderia melhorar a situação em Santo André", disse.

Em sua fala, a deputada acusou Ronan de ser "a pessoa que liga o caso Celso Daniel" aos casos de corrupção da Petrobras investigados pela Operação Lava Jato.

"Ele (Ronan) recebeu dinheiro do petrolão que passou pelas suas mãos para calar a boca, porque tinha informação de quem assassinou Celso Daniel", disse.

Mara destacou que seu discurso era "um apelo" para que Bumlai ajudasse a esclarecer o assassinato do ex-prefeito Celso Daniel, para que o caso não fique "impune".

Bumlai permaneceu calado. Oficialmente, a polícia concluiu que Celso Daniel foi vítima de "criminosos comuns", mas o Ministério Público sustenta que ele foi eliminado a mando do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra.

Segundo o MP, o crime foi motivado pelo fato de o ex-prefeito ter decidido dar um basta em amplo esquema de corrupção em sua administração depois que constatou que o dinheiro desviado não abastecia exclusivamente o caixa 2 do PT, mas estava sendo usado para enriquecimento de algumas pessoas.

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