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Mapa de apoio aos candidatos à Presidência está definido

O cenário mostra uma ampla convergência em torno da candidatura do tucano Aécio Neves, invertendo a tendência vista em pleitos anteriores


	Dilma e Aécio: dissidências dentro de partidos para apoiar candidatos foram abrangentes
 (Montagem EXAME.com/ Ueslei Marcelino/ Ricardo Moraes/ REUTERS)

Dilma e Aécio: dissidências dentro de partidos para apoiar candidatos foram abrangentes (Montagem EXAME.com/ Ueslei Marcelino/ Ricardo Moraes/ REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 15h28.

São Paulo - Com a manifestação de apoio formal da ex-candidata Marina Silva (PSB) ao candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, os principais grupos políticos já têm suas posições definidas no segundo turno, ainda que com diversas dissidências partidárias.

O cenário mostra uma ampla convergência em torno da candidatura do tucano, invertendo a tendência vista em pleitos anteriores.

Uma semana após ficar em terceiro lugar na eleição presidencial, Marina declarou ontem, em São Paulo, apoio a Aécio.

Também no fim de semana, a família de Eduardo Campos recebeu o tucano em Pernambuco e o filho do ex-candidato, João Campos, leu carta de apoio a Aécio. No decorrer da semana passada, PV, PSC, PSB, PSDC se manifestaram favoravelmente ao candidato do PSDB.

Já a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) recebeu o apoio formal do PROS, enquanto o PSOL de Luciana Genro optou por recomendar voto em Dilma ou nulo.

O governador reeleito de Santa Catarina no primeiro turno, Raimundo Colombo (PSD), já afirmou que trabalhará pela petista no segundo turno.

Além de PROS e PSD, a coligação de Dilma é formada pelo PP, PR, PRB, PDT e PCdoB. A coligação de Aécio é composta por DEM, PTB, SD, PMN, PTC, PT do B, PTN.

Dissidências

As dissidências dentro dos partidos, porém, foram abrangentes.

O senador Cristovam Buarque (PDT) contrariou orientação do presidente da sigla Carlos Lupi e declarou apoio ao tucano.

A executiva paulista da Rede Sustentabilidade, grupo político de Marina, ficou rachado após a decisão da ex-ministra. Segundo apurou o jornal O Estado de S. Paulo, uma carta conjunta deve ser apresentada nesta segunda-feira, na qual integrantes da executiva estadual renunciarão as suas funções.

O número de desligamentos pode chegar a sete. Oficialmente, na semana passada, a Rede recomendou voto em Aécio ou nulo, mas em seguida classificou a posição como um "grave erro político".

No PSB, Roberto Amaral, presidente interino do partido, foi contra a decisão oficial da legenda e declarou apoio pessoal a Dilma.

"A rebeldia do Amaral não muda nossa convicção e tampouco mudará a nossa decisão", declarou o deputado Beto Albuquerque, vice na chapa derrotada de Marina. Com isso, Amaral deve ser afastado da direção do partido.

O PMDB, partido de Michel Temer, candidato a vice na chapa de Dilma, também mostra-se dividido, com a ala do senador Jarbas Vasconcelos optando por Aécio.

Em Minas, por outro lado, o partido fez carta formal de apoio a Dilma.

Neste fim de semana, o líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), reeleito no último dia 5 de outubro, sinalizou para uma composição na Câmara com o PSDB.

"Não vejo dificuldade nenhuma de se posicionar em apoio a um futuro governo Aécio", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.

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