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Mão de obra estrangeira desembarca no Brasil

Trabalhadores de outros países vêm ao Brasil atraídos pela descoberta do pré-sal e a Copa do Mundo

Brasil tem mais perspectivas de crescimento com a crise da União Europeia e da economia norte-americana (Divulgação/Petrobrás)

Brasil tem mais perspectivas de crescimento com a crise da União Europeia e da economia norte-americana (Divulgação/Petrobrás)

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Da Redação

Publicado em 21 de agosto de 2011 às 10h41.

São Paulo - Em abril, a engenheira civil Almudena Olivares Piñera, de 25 anos, trocou a Espanha por Salvador. O motivo foi uma vaga de emprego na empresa responsável pela construção da Arena Fonte Nova, estádio que vai abrigar os jogos da Copa de 2014 na Bahia. As perspectivas para a economia brasileira - principalmente se comparadas ao cenário de crise em países da União Europeia e nos Estados Unidos - tornaram trajetórias como a da jovem engenheira cada vez mais frequentes no país.

No primeiro semestre deste ano, o número de profissionais estrangeiros aumentou quase 20% em relação ao mesmo período de 2010. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), entre janeiro e junho foram concedidas 26.545 autorizações para que profissionais de outras nacionalidades possam trabalhar no País, ante 22.188 nos mesmos meses do ano passado. "O Brasil se tornou um mercado com muitas oportunidades para um profissional qualificado", diz a engenheira Almudena, que chegou ao País por meio da Aiesec, uma organização que promove o intercâmbio entre profissionais.

De acordo com Celso Grisi, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), a "invasão" dos estrangeiros está apenas no início. "Como nos países de origem a situação econômica está muito difícil, a chegada de novos trabalhadores internacionais tende a aumentar nos próximos anos", afirma Grisi. Ao contrário dos países desenvolvidos, a economia brasileira deve avançar neste ano pelo menos 3,5%, nas estimativas da maior parte dos analistas.

Os estrangeiros são atraídos, principalmente, pelas oportunidades nas áreas de engenharia e de segmentos relacionados ao pré-sal. "Não tem muito o que fazer por enquanto, porque as empresas são as primeiras a buscarem profissionais estrangeiros", afirma Grisi, referindo-se à baixa qualificação do brasileiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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