Manuela d'Ávila: deputada estadual foi provocada por um homem que declarou apoio para o deputado federal Jair Bolsonaro (Facebook/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2018 às 14h09.
Última atualização em 9 de abril de 2018 às 15h05.
Curitiba - A deputada estadual Manuela d'Ávila (PCdoB-RS) foi provocada por um homem que declarou apoio para o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), também pré-candidato ao Planalto, enquanto participava de um ato em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba.
Após falar a manifestantes e conceder uma entrevista coletiva à imprensa em frente ao local onde Lula está preso, um homem pediu para tirar uma foto com Manuela. Ao se posicionar para a selfie, ele falou: "Aqui com a pré-candidata Manuela d'Ávila. Bolsonaro 2018", saindo em seguida.
A fofucha SQN, Manuela, disse que foi agredida por este cidadão.
Alguém viu alguma agressão aí? pic.twitter.com/ed56Bep0SB— 💫☄️Susy ☄️💫 (@SusyVLB) 9 de abril de 2018
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Diante do episódio, a deputada insistiu com a Polícia Militar para entrar no prédio da Polícia Federal e pedir esclarecimentos sobre a identificação do "agressor", como ela classificou o homem que a abraçou. A preocupação, disse, é que ele possa ser um agente da PF, pois teria sido escoltado pela PM para dentro do prédio da Polícia Federal depois do episódio. "Nenhum homem tem direito de tocar no meu corpo", afirmou.
Manuela, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) entraram no local e pediram uma audiência com a Superintendência do órgão, mas foram atendidos por um agente responsável pela segurança, conforme relataram.
Ao sair do prédio, a pré-candidata afirmou que vai formalizar uma denúncia judicial para identificar quem a provocou. "Como alguém entra, provoca e é escoltado para sair?", questionou. "O meu problema é saber quem é o agressor, como ele tem trânsito livre e entra na PF diante de uma situação concreta" Ela afirmou que a PF precisa ter pressa em identificá-lo diante da preocupação com a segurança de Lula. "É só essa a preocupação", falou.
Lindbergh e Pimenta acrescentaram que é preciso esclarecer eventuais riscos à segurança de Lula na carceragem. "A gente está preocupado com a segurança do presidente Lula, a gente quer saber o que ele está comendo, o que ele bebe. O que a gente quer esclarecer e descartar é a possibilidade que seja alguém que trabalha aqui dentro", afirmou Lindbergh.
A Polícia Federal ainda não havia se pronunciado sobre o episódio até a publicação desta matperia.
No ato de apoio a Lula, Manuela e os senadores convocaram a militância a soltar gritos de apoio em direção ao prédio onde Lula está e disseram que haverá uma mobilização permanente enquanto o ex-presidente estiver na prisão.
Há expectativa de que pelo menos sete governadores do Nordeste venham a Curitiba nesta terça-feira, 10, para prestar solidariedade a Lula. Os aliados tentam negociar com a PF a possibilidade de o ex-presidente receber visitas políticas.