Brasil

Mantega volta a relacionar inflação à alta de commodities

De qualquer forma, o ministro prevê uma safra agrícola recorde, o que mostra que não há problemas de oferta

Mantega destacou também que os preços administrados e de produtos manufaturados têm se comportado bem

Mantega destacou também que os preços administrados e de produtos manufaturados têm se comportado bem

DR

Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2011 às 19h17.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribuiu, mais uma vez, a maior inflação verificada no Brasil à alta das matérias-primas (commodities). Ele salientou que o IPCA fechou 2010, por mais um ano, dentro do intervalo da meta - o índice foi de 5,9% e a meta vai de 2,5% a 6,5% - e deve desacelerar em 2011, fechando em 5%. Mantega admitiu que as inundações em vários municípios brasileiros devem levar a mais aumentos nos preços dos alimentos.

De qualquer forma, o ministro prevê uma safra agrícola recorde, o que mostra que não há problemas de oferta. Mas ele explicou que os preços sobem porque o valor das commodities está elevado no exterior, o que por outro lado tem um efeito positivo, porque aumenta a receita dos exportadores desses produtos.

Mantega destacou também que os preços administrados e de produtos manufaturados têm se comportado bem, o que é positivo para o cenário inflacionário. Ainda assim, o ministro disse que "o Banco Central está aí para atuar", se for necessário.

Em um relato sobre a reunião ministerial de hoje, Mantega disse que explicou a política cambial brasileira e que o governo busca evitar exageros. Ele salientou que o câmbio reflete a solidez do País e o fato de ser uma das economias que mais cresce no mundo. O ministro disse que o Brasil tem tomado medidas para impedir a volatilidade da moeda norte-americana e, segundo ele, se não fossem as atuações do governo, a taxa de câmbio já estaria na casa de R$ 1,45 a R$ 1,50 por dólar.

Outro tópico mencionado por Mantega sobre a reunião foi a política fiscal. "Temos que fazer esforço de redução de gastos, principalmente de custeio", disse o ministro, destacando que será necessário racionalizar despesas, postergar compras e "fazer mais com menos". De acordo com ele, os ministros foram orientados a avaliar o que pode ser reduzido ou postergado em suas despesas. Ele afirmou que o esforço será "duro" e tem que ser "levado a sério".

Mantega disse que o crescimento econômico do Brasil ocorrerá com solidez fiscal, com o custeio abrindo espaço para os investimentos crescerem.

Mantega disse que a mesma Medida Provisória que reajustará o salário mínimo para R$ 545,00, trará a formalização da política de reajuste do piso salarial do País. Segundo ele, será colocada em lei a atual regra que prevê a correção do mínimo pela inflação, mais a variação do PIB de dois anos antes. A regra valerá, segundo o ministro, até 2015.

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