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Mantega quer discutir guerra cambial no FMI e G-20

Apesar de relevar a disposição do Brasil de discutir o tema nos fóruns internacionais, Mantega se recusou a comentar sobre o câmbio

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o Brasil levará para os fóruns internacionais a discussão sobre a atual "guerra cambial". "Vou levar o tema para a reunião do Fundo Monetário Internacional (FMI) da semana que vem e para o G-20 duas semanas depois", afirmo Mantega. O ministro votou no início da tarde de hoje na escola Pueri Domus, na zona sul da capital paulista, acompanhado apenas de sua filha Caroline e sem escolta policial.

Apesar de relevar a disposição do Brasil de discutir o tema nos fóruns internacionais, Mantega se recusou a comentar sobre o câmbio. "Hoje não é dia de câmbio, é dia de democracia, de eleição", afirmou. Sobre o seu futuro político, o ministro também desconversou. "Estou concentrado em terminar bem o ano de 2010 e fazer com que o Brasil tenha um bom final de ano", disse Mantega. "Não estou pensando ainda no futuro", acrescentou o ministro.

Mantega ainda afirmou que o próximo ministro da Fazenda terá como principal desafio "dar continuidade ao atual programa, que é bem sucedido, de modo que o Brasil conquiste indicadores socioeconômicos de um país avançado". Apesar do status de ministro, Mantega passou discretamente pelo local de votação e não foi abordado pelos eleitores.

Na segunda-feira da semana passada, 27, o ministro Mantega usou pela primeira vez a expressão "guerra cambial", ao criticar a postura unilateral que está sendo tomada por vários países que, temendo perder competitividade no comércio devido à fraqueza da economia global, estão promovendo a depreciação de suas moedas para incentivar as exportações.

Segundo ele, o mundo vive atualmente uma "guerra cambial" que ameaça a competitividade brasileira no comércio internacional. Na ocasião, ele afirmou que o governo Lula tem instrumentos para conter a valorização do real. "Não permitiremos que o Brasil seja prejudicado por causa da política cambial dos demais países", disse Mantega, naquele dia.

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