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Manifestantes vão às ruas para pedir impeachment de Dilma

Este é o primeiro protesto nacional desde o início formal dos procedimentos de impeachment


	Protesto: "queremos mudança. Fora gangue corrupta!", disse um manifestante em um alto-falante em Brasília
 (Reuters)

Protesto: "queremos mudança. Fora gangue corrupta!", disse um manifestante em um alto-falante em Brasília (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2015 às 13h36.

São Paulo e Brasília  - Milhares de manifestantes foram às ruas neste domingo pedindo a saída da presidente Dilma Rousseff, no primeiro protesto nacional desde o início formal dos procedimentos de impeachment.

A Câmara dos Deputados analisa se abre processo de impedimento sob a acusação de que a presidente teria violado leis orçamentárias ao aumentar gastos durante sua campanha pela reeleição em 2014.

Mas muitos brasileiros estão mais descontentes com o aprofundamento da recessão e com o escândalo de corrupção envolvendo muitos do partido de Dilma.

"Nós estamos cansados. Queremos mudança. Fora gangue corrupta!", disse um manifestante em um alto-falante em Brasília, onde segundo estimativas da polícia no máximo 6 mil pessoas se juntaram em frente ao Congresso, no menor de quatro principais protestos neste ano.

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aceitou o pedido de impeachment de Dilma em 2 de dezembro.

Atualmente, a oposição não tem número suficiente para aprovar o impedimento da presidente, que nega descuido com as contas públicas e prometeu usar todas as ferramentas legais disponíveis para lutar contra o impeachment e terminar seu segundo mandato.

Se uma comissão especial da Câmara optar por autorizar a abertura do processo, a decisão precisa ser submetida a votação no plenário da Casa, onde a oposição precisa de dois terços dos votos.

Se aprovado, o processo segue ao Senado onde é instaurado, momento a partir do qual a presidente é afastada por 180 dias e substituída pelo vice-presidente Michel Temer.

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu temporariamente os procedimentos do impeachment na Câmara até que o plenário da corte se pronuncie sobre a validade da votação que elegeu os integrantes da comissão especial e também sobre todo o rito do impedimento.

Enquanto isso, Cunha, que rompeu com o governo em julho, enfrenta acusações formais de supostamente ter aceito propina em esquema de corrupção envolvendo a Petrobras.

O presidente da Câmara também é alvo de processo no Conselho de Ética da Câmara sob a acusação de ter mentido sobre contas bancárias na Suíça, que pode em última instância resultar na cassação de seu mandato.

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