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Manifestantes a favor do governo protestam em São Paulo

No Dia do Trabalho, centrais sindicais e movimentos sociais de esquerda promovem ato conjunto no Vale do Anhangabaú, em São Paulo

Dilma Rousseff: manifestantes se reúnem para protestar contra o impeachment (Ueslei Marcelino / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de maio de 2016 às 14h00.

São Paulo –Três centrais sindicais, além de diversos movimentos sociais de esquerda, promovem ato conjunto no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, para marcar o Dia do Trabalho.

Com o lema Brasil: Democracia + Direito, as centrais e os movimentos são contra o processo de impeachment contra Dilma Rousseff. Está prevista a participação da presidenta Dilma Rousseff , do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro do Trabalho, Miguel Rossetto, no evento.

Segundo Vágner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é uma união "histórica da esquerda brasileira" pela “a luta pela democracia”. “Todos nós unificamos para defender a democracia, porque nós sabemos que o golpe é contra a Dilma e Lula, mas principalmente contra os trabalhadores. O golpe é para retirar direitos, acabar com a CLT, com a política de valorização do salário mínimo e com os benefícios sociais”, disse.

“Sem dúvida, a gravidade do que o país está vivendo, um golpe de Estado, juntou. Não haveria outra situação do que fazer um ato unitário, de todos aqueles que estão contra o golpe, em defesa da democracia, em defesa dos direitos dos trabalhadores”, disse Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical. “Não temos dúvida de que a unidade do povo brasileiro, das organizações da classe trabalhadora será fundamental para derrotar o golpe e garantir a democracia no nosso país e para garantir a continuidade das nossas lutas em defesa do emprego, do salário, dos direitos e das políticas públicas”, acrescentou.

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o processo de impeachment pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores. “Penso que a classe trabalhadora tem um motivo a mais [para ir para as ruas]. Nesse particular, o Brasil tem um recorte especial que é fazer valer o que foi garantido pela Constituição, que é o direito à democracia. A democracia é algo imperativo”, disse.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também destacou a união da esquerda contra o impeachment da presidente Dilma. “Acho que o mais importante é manter todos esses grupos e todas essas entidades que tem resistido ao golpe. É fundamental neste momento manter essa unidade para continuar combatendo o golpe. Temos a votação no Senado e, independentemente desse resultado, não vamos reconhecer a legitimidade de um governo que tenta assumir sem o voto popular. Isso não é só um atentado à democracia. É uma regressão social, política e cultural porque pela pauta apresentada por quem pretende sentar na cadeira antes da hora, são privatizações em série, mudanças no regime de aposentadoria, um ataque à Petrobras”.

Falcão reconhece ser difícil reverter a admissibilidade do impeachment de Dilma no Senado. “Para que não tenhamos ilusões: é muito difícil impedir a admissibilidade, ou seja, uma maioria simples que afaste a presidenta por 180 dias. Mas é muito possível que, ao longo desses meses de afastamento, se ocorrer, que possamos ter 28 votos e evitar o golpe definitivo. Para isso, precisamos continuar com as mobilizações”, disse o presidente nacional do PT.

O ato é promovido pelas centrais Única dos Trabalhadores (CUT), dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Intersindical, além de movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Impeachment

Os dirigentes das três centrais sindicais disseram hoje que pretendem intensificar os atos nas ruas para pressionar o Senado a não aprovar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Acredito que só nas ruas [o processo de impeachment será derrotado]”, disse Vágner Freitas, da CUT. “A maioria [das pessoas] sabe que o impeachment não resolve o problema. A maioria não quer o Temer. A maioria acredita que vá aprofundar a crise política. E é isso que estamos tentando demonstrar para os senadores, com o povo nas ruas, organizado. Eles [senadores] vão perceber que, se eles votarem, eles vão ter prejuízos porque o povo vai lembrar de quem ajudou a trair o povo”, acrescentou.

Edson Carneiro “Índio”, secretário-geral da Intersindical, defende que a cobrança continue mesmo se o processo for aprovado pelos senadores. “Na nossa opinião, [é preciso] fazer luta, fazer greve, um dia nacional de paralisações para afetar a produção. Vamos mostrar para os orquestradores do golpe que não haverá paz. Não adianta achar que basta fazer um golpe e destituir a presidente que está tudo resolvido”, disse. “A Intersindical não faz parte da base de apoio ao governo. Temos muitas críticas ao governo. Mas uma coisa é não apoiar o governo. Outra coisa é fechar os olhos para o que está acontecendo no nosso país”, ressaltou.

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Segundo Vágner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), é uma união "histórica da esquerda brasileira" pela “a luta pela democracia”. “Todos nós unificamos para defender a democracia, porque nós sabemos que o golpe é contra a Dilma e Lula, mas principalmente contra os trabalhadores. O golpe é para retirar direitos, acabar com a CLT, com a política de valorização do salário mínimo e com os benefícios sociais”, disse.

“Sem dúvida, a gravidade do que o país está vivendo, um golpe de Estado, juntou. Não haveria outra situação do que fazer um ato unitário, de todos aqueles que estão contra o golpe, em defesa da democracia, em defesa dos direitos dos trabalhadores”, disse Edson Carneiro Índio, secretário-geral da Intersindical. “Não temos dúvida de que a unidade do povo brasileiro, das organizações da classe trabalhadora será fundamental para derrotar o golpe e garantir a democracia no nosso país e para garantir a continuidade das nossas lutas em defesa do emprego, do salário, dos direitos e das políticas públicas”, acrescentou.

Para Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), o processo de impeachment pode provocar a perda de direitos dos trabalhadores. “Penso que a classe trabalhadora tem um motivo a mais [para ir para as ruas]. Nesse particular, o Brasil tem um recorte especial que é fazer valer o que foi garantido pela Constituição, que é o direito à democracia. A democracia é algo imperativo”, disse.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, também destacou a união da esquerda contra o impeachment da presidente Dilma. “Acho que o mais importante é manter todos esses grupos e todas essas entidades que tem resistido ao golpe. É fundamental neste momento manter essa unidade para continuar combatendo o golpe. Temos a votação no Senado e, independentemente desse resultado, não vamos reconhecer a legitimidade de um governo que tenta assumir sem o voto popular. Isso não é só um atentado à democracia. É uma regressão social, política e cultural porque pela pauta apresentada por quem pretende sentar na cadeira antes da hora, são privatizações em série, mudanças no regime de aposentadoria, um ataque à Petrobras”.

Falcão reconhece ser difícil reverter a admissibilidade do impeachment de Dilma no Senado. “Para que não tenhamos ilusões: é muito difícil impedir a admissibilidade, ou seja, uma maioria simples que afaste a presidenta por 180 dias. Mas é muito possível que, ao longo desses meses de afastamento, se ocorrer, que possamos ter 28 votos e evitar o golpe definitivo. Para isso, precisamos continuar com as mobilizações”, disse o presidente nacional do PT.

O ato é promovido pelas centrais Única dos Trabalhadores (CUT), dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e a Intersindical, além de movimentos como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Frente Brasil Popular, a Frente Povo sem Medo, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Impeachment

Os dirigentes das três centrais sindicais disseram hoje que pretendem intensificar os atos nas ruas para pressionar o Senado a não aprovar o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Acredito que só nas ruas [o processo de impeachment será derrotado]”, disse Vágner Freitas, da CUT. “A maioria [das pessoas] sabe que o impeachment não resolve o problema. A maioria não quer o Temer. A maioria acredita que vá aprofundar a crise política. E é isso que estamos tentando demonstrar para os senadores, com o povo nas ruas, organizado. Eles [senadores] vão perceber que, se eles votarem, eles vão ter prejuízos porque o povo vai lembrar de quem ajudou a trair o povo”, acrescentou.

Edson Carneiro “Índio”, secretário-geral da Intersindical, defende que a cobrança continue mesmo se o processo for aprovado pelos senadores. “Na nossa opinião, [é preciso] fazer luta, fazer greve, um dia nacional de paralisações para afetar a produção. Vamos mostrar para os orquestradores do golpe que não haverá paz. Não adianta achar que basta fazer um golpe e destituir a presidente que está tudo resolvido”, disse. “A Intersindical não faz parte da base de apoio ao governo. Temos muitas críticas ao governo. Mas uma coisa é não apoiar o governo. Outra coisa é fechar os olhos para o que está acontecendo no nosso país”, ressaltou.

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