Manifestantes do MTST protestam em frente à sede da Terracap
Aproximadamente 500 manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem-teto protestaram na Companhia Imobiliária de Brasília
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2014 às 13h37.
Brasília - Aproximadamente 500 manifestantes do Movimento de Trabalhadores Sem-teto (MTST) protestaram nesta quinta-feira contra os gastos públicos ligados à Copa do Mundo em frente à sede da Companhia Imobiliária de Brasília (Terracap), proprietária do Estádio Nacional Mané Garrincha, o mais caro dos construídos.
Essa foi a primeira manifestação convocada para hoje em Brasília dentro de uma jornada de protestos contra a Copa que será realizada por movimentos sociais em 15 cidades do país.
Edson Silva, um dos coordenadores do movimento MTST no Distrito Federal, disse que o protesto pretendia denunciar a quantia de R$ 1,2 bilhão que o governo destinou à construção do estádio, enquanto, segundo ele, "a população mais pobre não tem acesso a uma casa".
Durante o protesto, que começou de maneira pacífica, alguns confrontos foram registrados, tendo em vista que os manifestantes acabaram dispersados pelos policiais com uso de gás pimenta.
O tenente-coronel Marcus Paulo Koboldt, responsável pela operação da Polícia Militar, confirmou o uso de gás, embora tenha afirmado que o mesmo foi "necessário" para evitar que os manifestantes "invadissem" o edifício da Terracap.
A manifestação, que foi encerrada sem outros incidentes e sem detidos, deverá ser retomada ainda hoje, já que os participantes afirmaram que iniciaram um novo protesto em um terminal de ônibus de Brasília, situado próximo às sedes do Palácio do Planalto e do Congresso nacional.
A jornada de protestos contra a Copa também alterou a rotina dos habitantes de São Paulo, onde diversas avenidas foram bloqueadas pelos manifestantes.
Um dos protestos se concentrou na Radial Leste, no bairro de Itaquera, onde fica a Arena Corinthians, palco da primeira partida da Copa, entre Brasil e Croácia, no próximo 12 de junho. Na última semana, cerca de 4 mil ativistas do MSTS também ocuparam um terreno próximo ao estádio.
As manifestações previstas para hoje fazem parte de um calendário de protestos que os movimentos sociais pretendem manter durante toda a Copa, que será encerrada somente no dia 13 de julho.
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 1,43 bilhão
Entregue em maio de 2013 A obra foi a única a não solicitar o financiamento do BNDES. A viabilidade financeira ocorreu por meio de recursos da Terracap (agência imobiliária pública controlada pelo Distrito Federal e pela União), oriundos da venda de terrenos de propriedade do governo.
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 1,19 bilhão
Entregue em abril de 2013 A obra de reforma do Maracanã foi feita inteiramente com recursos públicos. Os R$ 1,19 bilhões gastos na obra foram viabilizados pelo governo estadual via financiamento do BNDES (R$ 400 milhões) e o restante veio diretamente do caixa do Tesouro Estadual do Rio de Janeiro.
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 605 milhões
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo paga pelo governo do Amazonas, que captou parte do valor - R$ 388,1 milhões - através de financiamento do BNDES.
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 537,5 milhões
Previsão de conclusão: outubro de 2013 A obra foi inteiramente bancada com recursos do Governo do Mato Grosso, sendo que R$ 337,9 milhões foram captados via financiamento do BNDES.
Recursos privados: -
Recursos públicos: R$ 518 milhões
Entregue em dezembro de 2012 O Castelão foi o primeiro estádio da Copa a ser entregue.A obra foi inteiramente financiada pelo governo do Ceará, que conseguiu financiamento do BNDES de R$ 351,5 milhões. Os outros 167 milhões são oriundos do Tesouro Estadual. A operação do estádio é feita pelo Consórcio dasempresas Galvão Engenharia e Andrade Mendonça.
Recursos privados: R$ 134 milhões
Recursos públicos: R$ 131 milhões
Previsão de conclusão: dezembro 2013Os R$ 131 milhões de recursos públicos foram captados via financiamento do BNDES. O empréstimo foi tomado pelo Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE) administrado pela agência de fomento estatal. O restante foi bancado pelo Clube Atlético Paranaense.
Recursos privados: R$ 591,7 milhões
Recursos públicos: -
Entregue em abril de 2013 O Estádio foi construído pela Parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo do Estado da Bahia e a Fonte Nova Negócios e Participações (FNP).A FNP financiou R$ 323,6 milhões com o BNDES.Além disso, um empréstimo no valor de R$ 250 milhões também foi feito pela FNP com BNB (Banco do Nordeste do Brasil). O restante foi adquiridoatravés do Desenbahia – Agência de Fomento do Estado da Bahia.
Recursos privados: R$ 400 milhões
Recursos públicos: -
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra foi quase inteiramente financiada pelo BNDES, que liberou R$ 396,5 milhões ao consórcio OAS Arenas, que será administrador do equipamento por 20 anos. O restante também fica a cargo da OAS.
Recursos privados: R$ 330 milhões
Recursos públicos: -
Previsão de conclusão: dezembro de 2013 A obra está sendo realizada por uma parceria entre o Clube Internacional e a construtora Andrade-Gutierrez. O investimento O Clube aportou parte dos recursos (R$ 26 milhões) e a construtora conseguiu financiamento de R$ 235 milhões via BNDES. Em contrapartida pelo investimento, durante 20 anos, a Andrade Gutierrez, por meio da Sociedade de Propósito Específico, terá direito a explorar todas as novas áreas criadas no estádio.
Recursos privados: R$ 529,5 milhões
Recursos públicos: -
Entregue em abril de 2013O estádio foi construído através de uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelas empresas Odebrecht Participações e Investimentos (OPI) e Construtora Norberto Odebrecht do Brasil. A SPE foi concebida para construir e operar a Arena Pernambuco em regime de parceria público-privada (PPP) com o governo estadual.A empresa conseguiu financiar R$ 400 milhões através do BNDES.