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Manaus reforça controle de epidemias para Copa

Com chegada de milhares de turistas, preocupação das autoridades de saúde do Amazonas é com doenças trazidas de outros países, como sarampo e gripe


	Arena da Amazônia vista junto à cidade de Manaus: há a preocupação com doenças endêmicas a que turistas estão expostos no estado, como malária, dengue, leishmaniose e febre amarela (REUTERS/Bruno Kelly)

Arena da Amazônia vista junto à cidade de Manaus: há a preocupação com doenças endêmicas a que turistas estão expostos no estado, como malária, dengue, leishmaniose e febre amarela (REUTERS/Bruno Kelly)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2014 às 13h42.

Brasília - Manaus vai sediar quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo e deve receber 176 mil visitantes, segundo estimativa do Ministério do Turismo.

Com a chegada de milhares de turistas estrangeiros, a preocupação das autoridades de saúde do Amazonas é com as doenças trazidas de outros países, como o sarampo e a gripe.

Segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e coordenador médico da Copa Saudável, Bernardino Albuquerque, a vacinação contra o sarampo foi reforçada entre taxistas, funcionários do aeroporto, do porto e da rede hoteleira e turística. “À medida que se detecte qualquer doença contagiosa, essa notificação será imediata para o Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde.”

Também há a preocupação com doenças endêmicas a que os turistas estão expostos no estado, como malária, dengue, leishmaniose e febre amarela.

Para orientar melhor os visitantes, o estado criou o site Copa Saudável com orientações sobre vacinas e as formas de prevenção de doenças tropicais, cuidados com a alimentação e uma lista das unidades de saúde que farão o atendimento durante o Mundial.

Na Fundação de Medicina Tropical Doutor Heitor Vieira Dourado, funcionará a Clínica do Viajante, voltada principalmente para o turista estrangeiro.

Com 140 leitos e a menos de 1 quilômetro da Arena da Amazônia, a clínica terá como foco o atendimento a doenças infecciosas e contará com profissionais bilíngues.

Para o atendimento de emergência e urgência, o Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado, a 5 quilômetros da arena, receberá os casos de trauma, e o Hospital e Pronto Socorro 28 de agosto, a 10 quilômetros do estádio, é referência em queimaduras e na área cardiovascular.

Na Arena da Amazônia e entorno (até 2 quilômetros de distância do estádio), a responsabilidade do atendimento de emergência é da Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Segundo a federação, a arena terá sete postos médicos e cerca de 150 profissionais de saúde, entre médicos de diversas especialidades, enfermeiros, técnicos de enfermagem e socorristas.

Para o estádio e redondezas, serão disponibilizadas seis ambulâncias de suporte avançado, unidades de terapia intensiva (UTIs) móveis, e duas ambulâncias de suporte básico contratadas pela Fifa para atender às prioridades.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estarão de prontidão para atender aos chamados que extrapolem a capacidade técnica da federação, com chegada prevista ao estádio em, no máximo, um minuto e meio.

Para o restante da cidade, 24 ambulâncias de suporte básico e quatro UTIs móveis estarão preparadas para atender de forma rápida, inclusive no Complexo Turístico da Ponta Negra, onde ocorrerá a Fifa Fan Fest durante todo o período do Mundial.

No local, será montado um posto médico avançado com oito leitos, sendo um de UTI.

Profissionais de saúde de Manaus também receberam treinamento do Ministério da Saúde para atendimento em situações de ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.

Apesar de a possibilidade da ocorrência de atos terroristas ser remota, o plano operacional trabalha com esse cenário, segundo o diretor-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas. “Manifestações são possibilidades mais concretas”, disse Albuquerque.

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