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Manaus monta esquema de atendimento para 500 famílias vítimas de incêndio

O prefeito Arthur Virgílio Neto declarou que irá assinar decreto de calamidade pública para que município possa atender à população afetada

Incêndio em Manaus: moradores observam as chamas do fogo que atingiu residências no bairro Educandos (Bruno Kelly/Reuters)

Incêndio em Manaus: moradores observam as chamas do fogo que atingiu residências no bairro Educandos (Bruno Kelly/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 18 de dezembro de 2018 às 12h30.

As cerca de 500 famílias desabrigadas após um incêndio ocorrido no bairro Educandos, zona sul de Manaus, na noite de ontem (17), estão recebendo atendimento multidisciplinar de uma força-tarefa.

De acordo com a prefeitura, para a ação de acolhimento às vítimas, foram destacadas equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Defesa Civil, Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização de Trânsito (Manautrans), Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc) e Fundo Manaus Solidária.

Além do atendimento dos profissionais, duas escolas e um centro social foram colocados à disposição das vítimas desabrigadas.

O prefeito do município, Arthur Virgílio Neto, destacou que irá tomar medidas para acelerar a compra de materiais e insumos que possam auxiliar no atendimento das vítimas.

"Irei assinar um decreto de calamidade pública, para comprar com agilidade, sem a necessidade do burocrático processo de licitação, tudo o que for necessário, neste momento para ajudar estas famílias que perderam o pouco que tinham neste incêndio", afirmou.

Ele esteve no local do incêndio acompanhado da primeira-dama e da presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro.

De acordo com levantamento preliminar da prefeitura, o fogo chegou a atingir 500 imóveis de madeira, todos localizados nos arredores da Rua Nova, beco São Francisco. Para facilitar o trabalho do Corpo de Bombeiros no local, agentes do Manaustrans bloquearam as principais vias de acesso ao bairro.

A prefeitura está recebendo doações - como roupas, colchões, alimentos e itens de higiene pessoal - para entregar às famílias. O ponto de coleta foi montado na Casa Militar, situada na Avenida Padre Agostinho Caballero Martin, 770, bairro Compensa.

Incêndio

O Corpo de Bombeiros acredita que o incêndio tenha começado após a explosão de uma panela de pressão em uma das residências. O vento estava muito forte e ajudou o fogo a se alastrar pelas casas de madeira.

De acordo com os bombeiros, foram mobilizados 100 bombeiros e 14 caminhões. Segundo eles, mais de 100 mil litros d'água foram usados para combater o fogo.

Pelo menos quatro pessoas precisaram de atendimento hospitalar. O secretário executivo da Defesa Civil do estado do Amazonas, Hermógenes Rabelo, afirmou que este pode ter sido o maior incêndio urbano já ocorrido na capital amazonense.

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