Brasil

Mais Médicos e recursos à educação vêm de protestos

Dilma afirmou ainda que será preciso fazer uma "campanha pela Copa" no país e defendeu os investimentos feitos para construir e reformar os estádios


	Presidente Dilma Rousseff: "(Dificilmente) nós não teríamos conseguido de uma forma tão rápida estruturar e agora estar conseguindo aprovar, já aprovamos na comissão (especial), o Mais Médicos."
 (Roberto Stuckert Filho/PR)

Presidente Dilma Rousseff: "(Dificilmente) nós não teríamos conseguido de uma forma tão rápida estruturar e agora estar conseguindo aprovar, já aprovamos na comissão (especial), o Mais Médicos." (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 8 de outubro de 2013 às 09h18.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou que sem as manifestações populares de junho o governo dificilmente conseguiria destinar os recursos dos royalties de petróleo para educação e colocar em prática o programa Mais Médicos - feira.

"(Dificilmente) nós não teríamos conseguido de uma forma tão rápida estruturar e agora estar conseguindo aprovar, já aprovamos na comissão (especial), o Mais Médicos." Em junho, milhares de pessoas foram às ruas em todo país protestar por melhores serviços públicos e contra a corrupção. Após os protestos, a avaliação da presidente nas pesquisas de opinião despencou e Dilma ainda não recuperou o apoio que tinha antes dos protestos.

A destinação de 75 por cento dos recursos dos royalties obtidos com a exploração de petróleo na camada pré-sal foi aprovada pelo Congresso em agosto e era uma dos pactos sugeridos pela presidente para dar uma resposta às manifestações.

O programa Mais Médicos, que deve ser aprovado no plenário da Câmara nesta semana, também foi uma proposta pela presidente como resposta aos protestos e ainda gera polêmica com as entidades médicas.

Dilma afirmou ainda que será preciso fazer uma "campanha pela Copa" no país e defendeu os investimentos feitos para construir e reformar os estádios para o torneio mundial de 2014. Segundo ela, o governo federal não destinou recursos do Orçamento para as arenas e apenas disponibilizou 400 milhões de reais de financiamento para cada uma delas.

Os estádios que sediaram a Copa das Confederações neste ano foram cenário de várias manifestações, com a população questionando os gastos nas arenas em detrimento de mais recursos para saúde e educação.


"Do Orçamento da União não colocamos um tostão (nos estádios). Colocamos em mobilidade urbana e telecomunicações", argumentou a presidente.

Espionagem

Questionada sobre que cobranças teria feito ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, depois das denúncias espionagem ao Brasil e à autoridades brasileiras, Dilma afirmou que pediu que ele se desculpasse e que garantisse que não haveria mais ações nesse sentido.

Segundo ela, como Obama não atendeu ao pedido foi obrigada a adiar a visita de Estado que faria aos Estados Unidos.

"Deixei claro para ele duas coisas: primeiro, que o Brasil sabia se defender, então ninguém precisa defender o Brasil contra terrorismo; segundo, que não é possível afirmar direitos humanos de um país em detrimento dos direitos humanos de outro país", afirmou Dilma.

As denúncias de espionagem são baseadas em documentos vazados pelo ex-prestador de serviços da NSA Edward Snowden e têm sido divulgadas pela mídia revelando que a agência norte-americana usou programas secretos de vigilância da Internet para monitorar as comunicações no Brasil.

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